Brasília (DF) – Em uma votação tensa, com desdobramentos inesperados, como o pedido de destaque pedido – e acatado pelo ministro Lewandowski – pela base da defesa da ex-presidente, para que a perda dos direitos políticos fosse votada em separado à cassação, o que contraria o disposto pelo Art.52 da Constituição Federal em vigor, a senhora Dilma Vana Rousseff foi finalmente afastada da Presidência da República por 62 votos a favor e 20, contra.
O fatiamento da votação, previsto no Regimento Interno do Senado, mas não na Constituição, à qual todas as leis nacionais devem se submeter, acabou beneficiando Dilma Rousseff, que teve seus direitos políticos mantidos em segunda votação, quando 42 votaram pela perda, 36 pela manutenção e 3 se abstiveram. A bancada de senadores do PSDB votou em peso pela condenação da presidente afastada nas duas questões.
Polêmicas à parte, a cassação da petista foi recebida com alívio por Solange Jurema, presidente nacional do PSDB Mulher e Yeda Crusius, presidente de honra do segmento.
“As ruas foram fundamentais para o que aconteceu hoje”, disse Solange. “O Senado Federal finalmente interagiu com os milhões de brasileiros que foram a elas. O que vimos hoje foi nada mais do que a satisfação da vontade da maioria da população”.
Solange Jurema lembra que o “Brasil precisava parar de sangrar, pensar apenas no impeachment e voltar a pensar nele mesmo. Precisamos voltar a crescer, acabou esse sofrimento interminável”.
De Porto Alegre veio a comemoração da ex-governadora Yeda Crusius. “Hoje é preciso, mais do que nunca, agradecer aos doutores Hélio Bicudo, Janaina Paschoal e Miguel Reale Júnior, que souberam traduzir e representar o brado dos milhões de brasileiros que foram às ruas. Eles deram forma ao que pedíamos e nos fizeram escapar do abismo bolivariano”.
Para a 1ª secretária do PSDB Mulher Nacional, Eliana Piola (MG), o dia 31 de agosto ficará na História por mostrar que as instituições sem dúvida
Janaína Paschoal agiu em respeito aos brasileiros que foram às ruas protestar e que delas não sairão mais, porque não mais aceitarão que os desrespeitem da maneira como fizeram nos últimos 13 anos”, encerrou Eliana Piola.