Ícone do site PSDB-Mulher

OEA decreta “fim da democracia” na Venezuela

maduro_dilmaA Organização dos Estados Americanos (OEA) decretou, nesta segunda-feira (22), o “fim da democracia” na Venezuela. O secretário-geral da instituição, Luis Almagro, classificou o governo do presidente Nicolás Maduro de “regime” e a situação que impera no país de “tirania”. Aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente afastada Dilma Rousseff, Maduro enfrenta o descontentamento de pelo menos 80% da população que sofre com escassez de alimentos e remédios, além de uma inflação de 180,9% em 2015.

De acordo com matéria da revista Veja, em carta dirigida ao líder opositor venezuelano Leopoldo López, preso político e condenado sem provas a quase 14 anos de prisão, Almagro afirmou não haver hoje na Venezuela “nenhuma liberdade fundamental nem nenhum direito civil ou político”. “Foi ultrapassado um nível que significa que é o fim da democracia. A comunidade internacional é clara ao pedir não mais tirania no céu. Um céu que já não existe”, disse o secretário-geral da OEA.

Para o deputado federal Pedro Vilela (PSDB-AL), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional na Câmara, a constatação da OEA chega em boa hora e relembra que o PSDB já alertava, desde o ano passado, sobre o desrespeito de Maduro aos princípios democráticos e aos direitos humanos no país com a conivência do governo Dilma.

“Sempre tivemos uma grande preocupação e repúdio com o que vem se passando na Venezuela, um país vizinho que enfrenta grave crise como resultado de um regime totalitário, travestido de democracia já há algum tempo. Os governos de Lula e Dilma foram, durante todo o tempo [desde o governo do ex-presidente Hugo Chávez] muito coniventes, complacentes com o que acontece na Venezuela, para não dizer cúmplices. A nota da OEA vem em boa hora para que possamos cada vez mais pressionar esse regime”, disse o parlamentar.

A prisão de López foi, inclusive, repudiada em nota pelo presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, em setembro de 2015. “É inaceitável que o governo brasileiro se mantenha indiferente à situação da Venezuela e de López”, dizia a nota.

Vilela defende que o Brasil, como o país de maior população e economia mais robusta da região, exerça papel de liderança nesse processo contra Maduro e tenha um comportamento absolutamente diferente ao que vinha sendo feito na era do PT. “O PSDB respeita todas as correntes ideológicas, o que não tolera é qualquer afronta, ameaça à democracia e à paz. Precisou o PT sair do poder para que pudéssemos tentar ajudar a Venezuela dessa grave crise que ela se encontra e não tem outra forma de fazer isso que não seja restabelecendo a democracia no país”, pontuou o tucano, ressaltando a forma coerente que vem sendo tratada a crise venezuelana pelo chanceler José Serra à frente do Ministério das Relações Exteriores.

Clique aqui para ler a íntegra da matéria.

Sair da versão mobile