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“Olimpíada: de sonho a dor-de-cabeça”, por Terezinha Nunes

Uma das nações de maior renda per capita do mundo, a Suécia desistiu em 2014 de sediar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 O motivo principal: a sociedade tinha mais prioridades como a construção de casas – afirmou à época o prefeito da capital, Estocolmo, Sten Nordin, onde os jogos seriam realizados.

O primeiro ministro sueco Svenska Dagbladet foi mais além. Lembrou que os países sedes dessas competições têm alto custo com esses jogos e acrescentou que “o prejuízo acaba caindo no colo do contribuinte”.

Os brasileiros e especialmente os cariocas caíram na real na semana passada quando o governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dorneles, decretou estado de calamidade nas contas públicas do estado – coisa jamais vista no Brasil – e solicitou socorro da União para que o país não protagonize um grande vexame internacional em agosto com o estado exibindo caos na saúde, educação e segurança.

O que nos teria levado a tamanho descalabro de sediar uma Copa do Mundo e uma Olimpíada em um país em desenvolvimento e jogado agora numa recessão e desemprego que não tem tamanho?

Naturalmente que a mania de grandeza do ex-presidente e da presidente afastada Dilma Roussef, do governador Sérgio Cabral e do atual prefeito Eduardo Paes.

Na Copa o povo brasileiro sentiu na pele o tamanho do problema e foi às ruas protestar contra os estádios “elefantes brancos” de primeiro mundo quando a infraestrutura do país estava em frangalhos. Ainda hoje não voltou para casa e está impondo ao PT a maior derrota da vida do partido.

*Terezinha Nunes é presidente do PSDB Mulher-PE

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