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Herança Dilma: PIB do Brasil tem oitava queda consecutiva

EconomiaBrasília (DF) – Não bastasse deixar como herança a maior recessão dos últimos 25 anos, o governo da presidente afastada Dilma Rousseff também pode ser responsabilizado por mais um recuo no Produto Interno Bruto (PIB), dessa vez pelo oitavo trimestre seguido. De janeiro a março de 2016, o PIB sofreu uma queda de 0,3%, frente ao quarto trimestre do ano passado. Em comparação com o primeiro trimestre de 2015, o recuo foi ainda maior: 5,4%.

Reportagem publicada nesta quarta-feira (01) pelo jornal Folha de S. Paulo revela que o ciclo de contração da atividade econômica acaba de completar dois anos, iniciado no segundo trimestre de 2014, ainda no primeiro mandato de Dilma Rousseff. Os números evidenciam o que os brasileiros já sentem há tempos no bolso: o país continua empobrecendo, famílias consomem cada vez menos, empresários cortam a cada dia mais investimentos, e a incerteza gerada por erros na condução da economia geram inflação e desemprego.

Para o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), o prejuízo causado pela incompetência das gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente afastada Dilma Rousseff deve levar muitos anos para ser reparado.

“Os prejuízos dados pelo Lula e pela Dilma nesses últimos anos, principalmente nos últimos três anos, já são quase 8% negativos para os brasileiros, enquanto que o resto do mundo cresceu 9%. Um prejuízo de 8% com mais 9%, são 17%. O Brasil, para ter o crescimento médio mundial, precisa crescer 3%, e recuperar as perdas desses últimos anos, que somam 17%. Se crescêssemos os 3%, e mais pelo menos 1% a cada ano, ainda levaríamos 17 anos para recuperar as perdas do governo Dilma, Lula e PT. Foi o maior desastre na história do país”, explicou.

“Imagine 17% do PIB de R$ 6 trilhões. Dá mais de R$ 1 trilhão de perda para os 205 milhões de habitantes brasileiros. É um desastre, uma hecatombe. Eles são os piores governantes do mundo, e agora está comprovado porque existe um ranking internacional que colocou o Brasil em último lugar, entre 31 países avaliados, como o pior governo do mundo”, afirmou.

O mau desempenho da economia brasileira no primeiro trimestre colocou o Brasil na última posição em uma lista de 31 países, de acordo com ranking de desempenho elaborado pela agência de classificação de risco brasileira Austin Rating.

Orçamento familiar

A crescente inflação e os números alarmantes de desemprego, que neste primeiro trimestre ficou em 10,9%, tem obrigado as famílias a cortar ainda mais o consumo na tentativa de adequar o orçamento à crise econômica e ao custo de vida. De acordo com o IBGE, o consumo das famílias recuou 1,7% na comparação com o quarto trimestre de 2015, e 6,3% frente ao primeiro trimestre do ano passado. Já são cinco quedas consecutivas em comparação com o trimestre anterior, algo sem precedentes na série histórica do IBGE, iniciada em 1996.

O deputado Hauly destacou que dependerá agora do Senado Federal sustentar a decisão de manter Dilma Rousseff, “o seu governo, os seus comparsas, os seus nefastos ministros que destruíram a economia e o sonho de milhões de brasileiros”, fora da administração pública. O tucano acrescentou que as medidas anunciadas pelo governo do presidente em exercício Michel Temer (PSDB) para tentar tirar a economia do país do fundo do poço estão no caminho certo.

“Ainda é um caminho tímido, mas é o caminho, o bom caminho. Defendo reformas tributárias, reformas do tamanho do Estado, repactuação de tudo com a sociedade brasileira, envolvendo trabalhadores, empresários, prefeitos, governadores, governo federal e a sociedade de uma forma geral”, completou o parlamentar.

Leia AQUI a íntegra da matéria do jornal Folha de S. Paulo.

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