Alagoano da Viçosa, arretado de coragem cívica em tempos duros dos governos militares, Teotônio Vilela deu palavras ao aboio e distribuiu toadas de esperança pelo Brasil a fora. Lá se ia Teotônio, canto a canto da Nação, em busca do que ele redefiniu como Pátria, um país de homens e mulheres em defesa da cidadania ampla: “Depois de andar pelos quatros cantos deste País, descobri que existe no Brasil uma Pátria. Sou um Patriota. Isso eu digo com arrogância. Seja em qualquer terreno. Por isso, luto”.
Quando nos deparamos com o que dizia Teotônio sobre a democracia, a política e o Brasil há mais de 33 anos, parece a qualquer um de nós que é sobre hoje, exatamente sobre o Brasil de hoje, que fala o Menestrel.
Sobre democracia: “A Democracia não é coisa feita. Ela é sempre uma coisa que se está fazendo. Daí porque ela é um processo em ascensão. É a experiência de cada dia que dita o melhor caminho para ela ir atendendo às necessidades coletivas. O que há de belo nela é isto. É que ela tem condições de crescer, segundo a boa prática que fizermos dela”.
Sobre política: “Não temos outra saída senão uma representação política capaz de reorientar a vida neste País. É quase que algo milagroso”.
Sobre o Brasil: “Este País só será grande quando cada brasileiro se sentir responsável e influente pela força do seu pensamento na formação do todo nacional”.
E sim, era de paz e de sonhos, que se moviam os sentimentos do Menestrel a percorrer como um andante da democracia o Brasil na escuridão política. Era disso que ele nos falava naquela época e que nos fala hoje: “O Sonho é próprio de todos nós. Não há nenhuma realidade sem que antes se tenha sonhado com ela.”.
Não custa sonharmos com um novo Brasil, feito ao patriotismo de Teotônio, a liberdade e aos princípios éticos, de bem e de vida que ele carrega em sua história, tendo como incentivo o que ele prega lá atrás, ao demonstrar a sua esperança no país: “A minha palavra de fé e de confiança nesta Nação continua”.
Viva Teotônio!