“A marca do governo do PT foi do malfeito, destruiu o estado brasileiro praticamente, desequilibrou as contas públicas, o Brasil está extremamente endividado e a maioria das obras ou estão paralisadas ou incompletas ou até mesmo não iniciadas por conta de uma visão preconceituosa em relação às parcerias público-privadas”, critica o deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE).
De acordo com matéria do jornal Folha de S.Paulo desta quinta-feira (12), o caso das rodovias é o que mais chama a atenção, já que as maiores construtoras do país estão envolvidas em casos de corrupção nos governos petistas – investigadas pela Operação Lava Jato. Das seis concessões feitas em 2013, uma já está praticamente abandonada: a BR-153, que liga Goiás a Tocantins. As outras cinco enfrentam falta de liberação de financiamentos do BNDES ou de licenças dos órgãos públicos.
Além disso, entraves em concessões de rodovias de 2007 ainda persistem e a maioria das empresas não concluiu um programa de obras que deveria ter ficado pronto em 2014. Já nas ferrovias, a única pronta em 13 anos de governo petista foi a Norte-Sul, entre Tocantins e Goiás, mas desde sua inauguração, em 2014, apenas um trem com carga passou por lá. Assim como nas rodovias, os portos enfrentam dificuldades de financiamentos e licenças, como o tão propagado Porto Sul, na Bahia, que se arrasta há anos e nunca saiu do papel.
Segundo a Folha, outro imbróglio é o setor aeroportuário. Vários aeroportos não ficaram prontos nem para a Copa da Mundo e outros recém privatizados também já vivem sua primeira crise e as empresas dizem não ter recursos para pagar o aluguel anual previsto. Para o tucano, os diversos problemas na infraestrutura também se devem à visão preconceituosa do governo petista em relação às PPPs e concessões.
Betinho Gomes defende uma estrutura específica dentro do governo federal, como anunciado pelo presidente em exercício, Michel Temer, para tratar especialmente desse setor. “Tanto é que fizeram meio que envergonhadamente, que não conseguiram deslanchar nenhuma concessão no ritmo que o Brasil precisava e isso representou, naturalmente, perda de tempo e de investimentos. A expectativa é o que o novo governo tenha a capacidade de gerar confiança, abrir um diálogo com os investidores para que eles possam ter segurança jurídica e retorno financeiro de maneira que se invista na infraestrutura do país, o que vai gerar mais negócios e empregos e retorno para a sociedade”, afirmou.