O título deste artigo sintetiza a grandeza de ser mãe. É quase a essência da vida das mulheres, obrigadas a se desdobrar em duas, três quatro jornadas de trabalho. E dispor de pouco tempo para o seu próprio deleite.
Ainda bem que as mudanças comportamentais no século passado trouxeram as mulheres para o universo do trabalho e da igualdade de direitos de usos e costumes masculinos, apesar de toda a discriminação e preconceito que ainda sofrem na maioria dos países, principalmente no Brasil.
No entanto, como também se sabe, a maioria do Estado desses países – notadamente o Brasil – não dão condições mínimas para que as mulheres mães possam desenvolver, com tranquilidade, todo o seu potencial profissional, divididas entre as tarefas cotidianas da casa e as dos trabalho.
Posso citar apenas o caso das creches, um dos principais fatores do impedimento do desenvolvimento pleno da mulher no trabalho. O Brasil possui poucas creches públicas e milhares de crianças entre 0 e 3 anos estão fora delas, cerca de 85% do total delas.
Outro dado é a discriminação salarial no Brasil entre homens e mulheres. As mulheres ganham, em média 27% a menos do que os homens para as mesmas funções e atividades ocupam apenas 37% dos cargos de gerencia.
Por tudo isso, não é a toa que o Brasil ocupa a 85ª posição no ranking mundial de desigualdade de gêneros.
No entanto, essa dura realidade da mulher brasileira não as impede de movimentar o país.
Todas nós sabemos cotidianamente a dificuldade de educar os filhos, de conviver com companheiros que não entendem esse novo mundo e de enfrentar o aumento dos preços alimentícios diariamente.
A todas as mulheres mães o nosso apoio, a nossa solidariedade.
Viva as mães brasileiras!
*Solange Jurema é presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB