“Vim conversar sobre a situação das pessoas com deficiência no país. Pedir ajuda para esse público para não retroceder [com as políticas] e avançar. Para ele [Temer] não esquecer disso. Não sou candidata a nada, quero contribuir com o meu conhecimento e o meu trabalho e focada nesse público, que é sempre esquecido”, disse a deputada após deixar o gabinete do vice-presidente.
Temer prepara medidas contra direitos sociais e civis, diz presidente do PT
Há várias semanas, em especial após a Câmara dos Deputados aprovar a admissibilidade do impeachment de Dilma, Temer tem sido procurado por deputados, senadores e representantes de setores da economia para tratar da possível sucessão.
Para Mara Gabrilli, o país tem deixado a desejar na atenção às pessoas com deficiência, principalmente na política de oferta de órteses e próteses. “É uma vergonha o estado em que o Brasil se encontra. Temos uma das piores políticas do mundo em dispensação de órteses e próteses, com estados em que [as pessoas] esperam mais de cinco anos o SUS [Sistema Único de Saúde] entregar uma cadeira de rodas para uma criança. Em São Paulo, que tem uma média mais rápida, a espera é de um ano e oito meses”, criticou.
Perguntada sobre a participação do PSDB em um futuro governo Temer, a deputada disse que o partido, como “protagonista do impeachment”, não pode fugir da responsabilidade para com o país. “Tem que ter responsabilidade e compromisso com o país, não pode virar as costas nessa hora. Tem que cuidar do Brasil, usar os talentos que tem e oferecer, compartilhar isso com o país.”
Além de Mara Gabrilli, também se reuniram esta tarde com Temer a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) e o senador Magno Malta (PR-ES).
Ivan Richard – Repórter da Agência Brasil
Edição: Luana Lourenço
Fonte: EBC