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PSDB-Mulher contesta alegações sobre sexismo apresentadas por Dilma em entrevista

Foto: Chris balbys

Foto: Tercio Carpello/ASCOM PSDB-AL

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A presidente de honra do PSDB-Mulher, ex-governadora Yeda Crusius (RS), afirmou que não fazem sentido as alegações da presidente Dilma Rousseff de que sexismo contribuiu para o impeachment avançar no Congresso Nacional. A declaração foi feita pela petista em entrevista à CNN.

“Ela está usando todos os possíveis argumentos que existem aí na sociedade para se dizer vítima. Um deles é ser mulher. Não é isso, nunca foi, ela nunca apelou para isso, ela está na fase do desespero. A questão do sexismo teria que ser sempre lembrada,mas ela não tem razão, sabe que não tem razão e nunca vai aceitar que ela está pagando pelos seus próprios erros na condução da presidência da República e não por ter nascido mulher”, declarou.

A presidente do PSDB-Mulher, Solange Jurema, também discordou totalmente da posição da petista. “A presidente Dilma não está sendo condenada por ser mulher e sim por má gestão – e essa má gestão está prejudicando tanto a homens quanto a mulheres. Não é uma questão de gênero, e sim de incompetência”, criticou.

Sobre a presidente Dilma mencionar que sofre preconceito por ser “uma mulher dura”, a ex-governadora ressalta que a petista está sendo criticada pelo modo de administrar a Presidência da República. “Ela está usando esse argumento agora e nunca usou isso para explicar as críticas que são feitas pelo modo de conduzir a Presidência. Não porque seja mulher e sim pelo modo de conduzir a política econômica e as políticas sociais”, acrescentou.

Yeda também criticou o fato de a presidente ter desconversado e não respondido à pergunta de como ela se sentia em ser a líder menos querida do mundo, além de tornar usar o “golpe” como justificativa para o seu impeachment. “No lugar de ela responder a isso, começou a falar outras coisas. Não é por ser mulher que foi considerada a presidente menos querida do mundo, foi pelo mal que fez ao país e pelas mentiras que ficaram muito claras na eleição de 2014. Mentir daquele jeito é uma coisa dela e ela continua mentindo, usando argumentos sexistas como algo para explicar o fracasso dela na presidência da República”, declarou.

A tucana também lembrou que Dilma, em seu governo, não fez nada para avançar as políticas voltadas para o gênero. “O que ela fez de inovador? Nada. Todas as iniciativas estão vindo da sociedade civil, do Congresso Nacional. Ela foi passiva nesse ponto também e como passiva deixou de cumprir, de honrar aquilo, quem sabe, que muitas esperassem dela”, completou.

Gestão FHC

A pouca eficiência do governo Dilma nas políticas para mulheres contrasta com a ampla gama de ações construídas durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Entre as realizações empreendidas pelo tucano, estão a definição de que os cartões de benefícios sociais serão entregues às mulheres, como forma de valorizar a figura feminina na gestão das famílias.

Outra conquista do governo tucano foi a expansão de mais de cinco vezes das consultas para atendimento pré-natal, que passaram de 1,8 milhão, em 1994, para mais de 10,1 milhões, em 2001, em todo o País. Com o Programa de Humanização do Parto e Nascimento, as gestantes chegaram a fazer até seis consultas e todos os exames de laboratório no decorrer do pré-natal.

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