De acordo com o jornal Correio Braziliense de hoje (26), a alteração nas revisões foi a 14ª consecutiva realizada pelo mercado. Especialistas ressaltaram a má administração da petista sobre a política econômica, contexto que é agravado pela ausência de apoio político no Congresso.
O analista da BullMark Financial Group Breno Brito não descarta que o quadro de aprofundamento da recessão seja mantido. “Ainda há espaço para uma deterioração gradual, que pode chegar a um encolhimento de 4%”, explicou ao jornal.
No boletim, os analistas projetaram ainda que, à custa do arrefecimento da economia, a inflação deve apresentar queda em 2016. Com menos pessoas empregadas com carteira assinada, a massa de rendimentos encolhe e, consequentemente, reduz o consumo, fazendo com que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passasse de uma alta de 7,08% para 6,98% neste ano.
Segundo Brito, como as atenções da presidente e dos auxiliares estão voltadas para evitar o processo de julgamento do impeachment no Senado, a preocupação em promover uma política econômica que ao menos possa amenizar o tombo da atividade acaba ficando de lado. “Não há sinalizações de propostas para garantir melhorias. As medidas adotadas pelo governo até agora, como reforma ministerial e outros cortes, ainda são superficiais”, alertou.