O jornal britânico “The Guardian” e o americano “The New York Times” destacaram que a presidente Dilma “sofreu uma derrota esmagadora”. O NYT avaliou que, caso assuma a Presidência da República, o vice-presidente Michel Temer terá que enfrentar uma série de desafios políticos e econômicos.
O periódico americano “The Washington Post” enfatizou que o Brasil está agora mergulhado “em sua pior crise econômica desde 1930. Uma assustadora epidemia de zika continua a se espalhar. E com os líderes do país consumidos pelo combate político e por um amplo escândalo de corrupção, o Brasil de hoje está muito mais dividido do que aquele que foi escolhido em 2009 para sediar as Olimpíadas”.
Já o “The Wall Street Journal” classificou a votação do impeachment como um “histórico e enfático repúdio à presidente Dilma Rousseff”, cuja popularidade afundou enquanto a nação mergulhava em uma “recessão e paralisia política”.
O assunto também teve ampla repercussão na América Latina. Além de noticiar a aprovação do impeachment em sua manchete, o jornal argentino “Clarin” transmitiu ao vivo a votação, com um streaming da TV Câmara. O também argentino “La Nación” apontou que a trama “está encabeçada por uma presidente isolada, que é vista com receio por seus próprios aliados do PT e por Lula, um ex-mandatário ansioso para voltar ao poder”.
O jornal ainda ironizou: “o dia mais tenso da história recente do Brasil tem todos os ingredientes de um thriller político do Netflix [companhia norte-americana de conteúdo sob demanda]”.