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Bancos preveem rombo de R$ 100 bi nas contas do governo

Foto: Getty Images

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O Brasil parte para o quarto ano consecutivo com as contas públicas no vermelho. É o que antecipa a estimativa feita por bancos ouvidos pela Secretaria de Política Econômica do governo federal, em março deste ano. A previsão das instituições financeiras é que o país registrará um déficit primário de R$ 100,4 bilhões em 2016 e de R$ 103,5 bilhões em 2017.

Segundo matéria publicada hoje (14) pelo portal G1, o saldo devedor já era observado desde 2014 e, em 2015, houve um rombo recorde de R$ 114,9 bilhões, gerado principalmente pelo pagamento das chamadas “pedaladas fiscais”.

Para o deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) o déficit exagerado é consequência de uma política econômica equivocada e de um governo que trabalha de forma desconexa. Para ele, a falta de credibilidade impede uma reação do governo em direção às reformas estruturantes. “A execução de um ajuste fiscal significativo se faz urgente.  A gestão do dia a dia feita pelo governo da Dilma tem sido desastrosa”, disse.

O tucano acredita que as “pedaladas fiscais” tiveram forte participação no descontrole das contas públicas. “Essa contabilidade criativa que o governo inventou aparentemente deu a ele um conforto contábil de enganar a população e o próprio mercado com os artifícios que foram utilizados. Mas a médio e a longo prazo estão revelando o desastre que aí está”, afirmou.

O valor do rombo projetado para as contas em 2016 está bem distante da meta de superávit primário do governo, já aprovada no Orçamento deste ano, que é de R$ 24 bilhões, ou 0,4% do PIB, para 2016. Para 2017, a meta fiscal ainda não foi fixada.

Marinho destaca que a população está pagando um preço muito alto pela má gestão do PT. “Esse dado não é apenas um número frio. Isso está chegando no bolso do brasileiro. O desemprego, a inflação, a falta de expectativa na economia, o encarecimento dos produtos essenciais de consumo, toda essa irresponsabilidade está atingindo diretamente o bolso da população mais fragilizada”, lamentou.

A previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgada na última quarta-feira (13) é que o Brasil só voltará a se recuperar em 2020.

No entanto, o deputado afirmou que, com a saída de Dilma do Planalto, “tudo muda”. “O mercado vai reagir de maneira favorável ao impeachment. Esse prazo que esta delimitado pelo FMI se dá em função do quadro atual. Se esse quadro mudar, nós temos a possibilidade de antecipar a recuperação do país”, concluiu.

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