Para a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB-SC), a situação não terá soluções enquanto Dilma continuar na Presidência. “Se a presidente Dilma estivesse pensando no bem dos brasileiros, ela deveria renunciar. É um gesto mínimo que ela pode fazer ao nosso país”, disse.
A tucana acredita no afastamento da presidente Dilma, diante da falta de credibilidade do país perante a população, empresários e investidores. “O número de desemprego é crescente, a recessão é nítida, os investidores estão cada vez mais freando, muitas empresas estão tendo que demitir números expressivos de trabalhadores. Não tem mais como sustentar tamanhos impostos, ajustes que o governo está fazendo sempre no bolso do trabalhador e dos aposentados e pensionistas em nosso país. Ela não tem cortado na própria carne, não cortou ministérios, cargos no governo, e só está pensando no agora: sua manutenção no poder”, critica a parlamentar.
Além do maior número de pessoas desempregadas, a renda dos trabalhadores encolheu 6,9% na média móvel trimestral de dezembro a fevereiro deste ano em relação ao mesmo período em 2015, conforme a Pesquisa Mensal do Emprego (PME). Especialistas apontam que a instabilidade política da presidente Dilma e a manutenção da crise deve mais uma vez contribuir para o empobrecimento das camadas de menor renda neste ano, e as classes C, D e E demorarão para se recuperar.
Balcão de negócios
A deputada Geovânia concorda com a tese da jornalista Míriam Leitão defendida em sua coluna no jornal O Globo desta quarta: a de que “para lutar contra o seu afastamento, Dilma está afundando ainda mais o país, chutando o balde fiscal e escancarando a feira dos cargos públicos”. “Esse posicionamento retrata exatamente a realidade do governo. Não só o oferecimento de cargos, mas fazendo outras ofertas para que ela realmente consiga se sustentar no poder e, automaticamente, o seu partido a qualquer custo. Mas continuo acreditando que vamos conseguir vencer, principalmente, esses benefícios do governo federal para essa manutenção”, destacou Geovânia, ressaltando acreditar que os deputados que já se posicionaram a favor do impeachment jamais mudariam o voto. “E para aqueles indecisos, com a pressão da população, será automática a vinda para votar a favor do impeachment”, concluiu.