Além dos índices de aprovação do governo, o levantamento revelou que 82% desaprovam a maneira de governar de Dilma. 80% dos entrevistados afirmaram, ainda, que não confiam na presidente.
Na visão do deputado federal Miguel Haddad (PSDB-SP), líder da Oposição na Câmara, o resultado apontado pelo Ibope não causa nenhuma surpresa por conta da falta de capacidade da administração de Dilma.
“Esse dado não surpreende. Isso [baixos níveis de aprovação] se deve a inúmeras razões, como a fraude eleitoral, o número de pessoas desempregadas, a inflação, o quadro econômico, mas principalmente a corrupção que assola o país. Isso vai levando a toda insatisfação. 10% de aprovação é um número de um governo criminoso que só falta ser enterrado. O governo do PT, o governo Dilma acabou. Esse número é a pá de cal”, avaliou o tucano.
De acordo com matéria publicada pelo portal G1, as 2.002 pessoas consultadas pelo Ibope também avaliaram a gestão da petista em relação a diferentes áreas de atuação. Em todas elas, os níveis de desaprovação foram muito superiores aos de aprovação, com destaques para os itens relativos à economia, como combate à inflação, taxa de juros, impostos e combate ao desemprego, em que a desaprovação variou entre 86% e 91%. Para Miguel Haddad, a péssima avaliação do governo nesses quesitos acontece porque a crise econômica é a que mais penaliza a população brasileira.
“As pessoas desempregadas, as pessoas que chegam ao final do mês e que têm os seus compromissos, que têm água, energia elétrica, supermercado, aluguel, é lógico que elas se ressentem muito mais, elas estão assumindo os reflexos de um governo corrupto e incompetente. É natural que esses índices tenham uma apreciação ainda pior em relação ao governo dela, porque eles afetam diretamente a população”, completou o líder da Oposição.
“A questão básica é que o governo Dilma acabou. A presidente só tem um objetivo, que é o de se manter no poder, e não há nenhum compromisso com a economia, com uma proposta para o país e com a população. Essa é a nossa realidade”, encerrou.
A pesquisa do Ibope foi feita entre os dias 17 e 20 de março, em 242 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.