Os acontecimentos das últimas horas, desde a tarde de ontem, deixam claro de que lado a presidente da República, seu tutor (e agora primeiro-ministro) e seu partido estão: do crime, da corrupção, da obstrução da Justiça e contra a maioria do povo brasileiro. O governo do PT só governa para si mesmo. Abandonou, definitivamente, o Brasil. Tornou-se o comando-geral de uma facção.
Esta quarta-feira, 16 de março, ficará marcada na história brasileira como o dia do escárnio, da vergonha, do acinte. O dia em que a presidente da República foi flagrada agindo desabridamente para livrar Luiz Inácio Lula da Silva da prisão iminente, acusado que é de crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. O dia em que, ao nomear um investigado da Justiça ministro-chefe da Casa Civil, Dilma deu um murro na dignidade dos brasileiros.
Todo o enredo em que Dilma, Lula e a turma de petistas despontam nas gravações trazidas a púbico ontem pelo juiz Sergio Moro é repugnante. O desdém com que abordam interesses do país, a desfaçatez com que tramam contra a república, o destemor com que se lançam em ameaças abertas contra as instituições do Estado democrático de Direito não são atos de quem preze uma nação como o Brasil. São iniciativas típicas de gangues, coisas de gângsteres.
Nas gravações transparecem o deboche e a postura beligerante do agora primeiro-ministro petista. O tom é de cizânia, o clima é de guerra, a ordem é de intimidação a quem quer que se interponha na frente do projeto do PT de livrar-se das grades. Supremo Tribunal Federal, Polícia Federal, Ministério Público, Receita Federal – todos “têm que ter medo” dos petistas, como rosna Lula numa das conversas, com o deputado Wadih Damous. É a estratégia do terror.
A resposta dos brasileiros, que recuperaram sua capacidade de se indignar e de não aceitar passivamente o avanço da marcha da insensatez, do desrespeito e do vale-tudo, foi imediata. Ontem à noite, milhares de pessoas foram, espontaneamente, para as ruas extravasar sua indignação, sua revolta, sua repulsa ao estado atual das coisas no país. O compromisso é de manter a mobilização, até que o puído governo caia.
Não parece, contudo, haver limites para os que se lançam na destruição política, social, econômica, moral e ética do Brasil. Dilma, Lula e seus sequazes continuam agindo para barrar a Justiça, impedir a punição de crimes, manter o país no oceano de lama em que o PT nos afundou. Assim foi, novamente, na manhã desta quinta-feira durante a cerimônia de posse do ex-presidente e mais três ministros no Palácio do Planalto.
A presidente da República fez um discurso de líder de facção, de palanque, de animadora de auditório. Atacou instituições, ameaçou a Justiça e investiu contra seus críticos – ela que, quando em apuros, costuma acenar com a possibilidade de diálogos tão falsos quanto sua outrora suposta capacidade gestora.
Enquanto Dilma rasgava a fantasia e, numa cerimônia oficial, avançava contra os brios dos brasileiros, chamando-os de “golpistas”, a claque petista que lotava o auditório transformava a sede do governo em comitê de campanha. No dia que ficará marcado como aquele em que renunciou na prática ao cargo e entregou o poder ao tutor de quem nunca se desvencilhou, Dilma Rousseff se reduziu a uma sombra nas sombras, tornou à condição de poste que jamais teve luz.
Aqueles que se valem dos mais espúrios métodos para se preservar no poder, para evitar o encontro de contas com a Justiça e para manter o Brasil na marcha rumo ao atraso não conseguirão prosperar. A sociedade brasileira já deixou claro, de uma vez por todas, que não aceitará que o país seja transformado em playground dos petistas, nem numa pocilga. A hora desta gente acabou, a lâmina do impeachment está para ser acionada, enxotando o PT da vida nacional. Logo logo, Dilma vai ouvir das ruas, e não de um jocoso Lula: “Tchau, querida.”