A Presidente Nacional do PSDB Mulher, Solange Jurema, cobrou na tarde desta terça-feira (15) providências imediatas para apuração do mais novo escândalo a golpear o governo Dilma Rousseff.
O Palácio do Planalto ainda tentava sair das cordas em que as manifestações do #VemPraRua13DeMarço o haviam colocado, quando reportagem publicada no site da revista “Veja” divulgou que a delação premiada do senador Delcídio do Amaral havia sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal, e que tivera seu sigilo levantado.
No documento, o ex-líder do governo no Senado Federal envolve o ex-presidente Lula, a presidente Dilma Rousseff e o ministro Aloízio Mercadante na tentativa de obstruir as investigações da operação Lava Jato, além de citar as empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e OAS – ao lado do grupo JBS – como algumas das maiores doadoras de campanhas eleitorais do Brasil.
Na reportagem da revista Veja, é possível ouvir as gravações em que Mercadante diz ao assessor de Delcídio do Amaral que “vai tentar construir com o Supremo uma saída para Delcídio”.
Para Solange, o caso Mercadante é idêntico ao de Delcídio, já que ambos foram flagrados em gravações, obstruindo a Justiça, crime tipificado no Código Penal Brasileiro: “Ver o Planalto envolvido tão intimamente na tentativa de interferir nas investigações da Lava Jato explica porque milhões de brasileiros foram às ruas pelo impeachment”, disse.
A divulgação da íntegra da delação pode comprometer bastante os planos do governo, apesar da negativa do líder na Câmara, José Guimarães (PT-CE), que disse à Folha de S.Paulo que já foi dita tanta coisa em delação, que se vier mais não atrapalha em nada a determinação do PT em derrotar o impeachment. Entretanto, segundo o mesmo jornal, o Palácio do Planalto deve suspender, ao menos por enquanto, a nomeação do ex-presidente Lula para um ministério, como estava sendo cogitado. A conferir, o Planalto costuma ser persistente em seus erros.
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