De acordo com matéria do jornal Folha de S.Paulo desta quarta-feira (17), desde 2003 não se via um cenário parecido. Mesmo no auge da crise dos EUA, em 2009, o PIB até encolheu 0,1%, mas a demanda doméstica (consumo e investimentos internos) cresceu quase 3%.
Segundo a economista Silvia Matos, do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), da FGV, a taxa de desemprego medido pela Pnad Contínua deve ter fechado 2015 em cerca de 9% e poderá subir 12% este ano. “Tudo conspira para a queda do consumo das famílias”, afirmou. A economista estima que 2016 deverá ser o pior ano para o emprego na atual crise econômica.
Nos cálculos do economista-chefe do Itaú-Unibanco, Ilan Goldfajn, o desemprego deve bater no fundo do poço no primeiro trimestre deste ano. O Itaú prevê piora adicional do desemprego em 2017.
A queda nas vendas do varejo no ano passado, divulgada nesta terça (16) pelo IBGE, também comprova que o consumo de fato se reprimiu. Já no setor de serviços, segundo a economista, a queda começou a ser sentida em meados de 2015 e o pior sinal é que esse recuo do consumo seja acompanhado de uma queda também acentuada dos investimentos – o que reduz a capacidade de crescimento do país no futuro.