Segundo reportagem publicada nesta quarta-feira (17/02) pelo jornal Valor Econômico, os depoimentos são importantes porque a Lava Jato é a principal base de evidências da acusação da ação coletiva. Os advogados alegam que os delatores teriam conhecimento de informações que poderiam facilitar o julgamento, já que em delação premiada vários acusados admitiram ter envolvimento direto na Lava Jato.
A ação coletiva representa todos os que compraram recibos de ações da Petrobras na Bolsa de Nova York (ADRs) entre 22 de janeiro de 2010 e 28 de julho de 2015, além de alguns títulos da dívida. A Petrobras é acusada de violar as leis do mercado de capitais dos EUA ao ter publicado informações falsas, muitas delas referentes ao envolvimento da empresa com a Lava Jato.
Além dos depoimentos do doleiro Alberto Yousseff, do ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, e do ex-diretor da área internacional Nestor Cerveró, foram solicitados esclarecimentos do ex-gerente de serviços Pedro Barusco; do ex-representante da holandesa SBM Offshore no Brasil, Julio Faerman; do ex-diretor da área internacional Jorge Zelada; do ex-funcionário do departamento jurídico Fernando de Castro Sá; do ex-gerente Eduardo Musa; do lobista Fernando Baiano; do ex-vice-presidente da Camargo Corrêa Eduardo Hermelino Leite; do ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini; e do dono da Setal Augusto Ribeiro Mendonça Neto.