Em dezembro, as vendas retrocederam 2,7% em relação ao mês anterior. Foi o pior desempenho registrado para o mês desde o período de crescimento do setor iniciado em 2001.
Os números registrados superaram a previsão dos economistas que apostavam em um recuo de 2,5% na comparação mensal e de 7,1% em relação ao mesmo mês de 2014, como explica matéria publicada hoje (16) pela Folha de S. Paulo.
Móveis e eletrodomésticos tiveram importante participação nos resultados apresentados para o setor em 2015. A queda para o segmento foi de 14%.
A segunda maior contribuição para o mau resultado do segmento veio do setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com queda de 2,5%. Os economistas explicam que os alimentos têm sofrido com a pressão inflacionária e a perda do poder de compra das famílias.
Também fecharam o ano em queda as atividades de tecidos, vestuário e calçados (-8,7%), combustíveis e lubrificantes (-6,3%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-10,9%).
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), a principal consequência do desempenho ruim é o fechamento de diversas lojas em todo o país. Foram 95.400 estabelecimentos encerrados em 2015.
Varejo ampliado
O IBGE também divulgou o resultado do varejo ampliado, que inclui os setores de automóveis e materiais de construção. O segmento teve queda de 8,6% no ano passado e de 0,9% na passagem de novembro para dezembro.
A receita nominal (que não desconta a inflação) do varejo ampliado teve queda de 1,9% no ano passado.
Em 2015, as vendas de automóveis, motos e peças registraram queda 17,8% em comparação com 2014. Já os materiais de construção tiveram baixa de 8,4% frente ao ano anterior.
O levantamento mensal do varejo é feito com base em informações prestadas por 5.700 empresas acompanhadas pelo IBGE nas 27 unidades da federação.