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Antropóloga lança livro sobre mulheres presas

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Alagoana radicada em Brasília, professora da UnB que integra grupo de bioética da Associação Brasileira de Saúde Coletiva veio ao Rio divulgar obra sobre mulheres presas

“Nasci em Maceió, cresci em beira-mar diversa, virei gente no cerrado. Confesso que nunca provei pequi. Sou professora forasteira em campo alheio. Perambulo pelas margens da vida, fiz filme em manicômio judiciário. Agora faço livro sobre reformatório para menores em conflito com a lei e filme na Cracolândia em SP”

Confira a entrevista a seguir divulgada no veículo O Globo:

Conte algo que não sei.

Fiz uma pesquisa de quase cinco anos, em que apliquei um questionário a todas as detentas da Penitenciária Feminina do Distrito Federal. Vi o perfil da presa brasileira: preta ou parda, pouco escolarizada, boa parte envolvida com tráfico. Mas isso já sabemos. Senti que precisava entrar ali de forma diferente.

Que forma foi essa?

Queria ouvir as histórias delas, que reuni num livro chamado “Cadeia: relatos sobre mulheres”. Em 2014, durante seis meses, todos os dias, fui ao presídio ouvir o que elas falavam nas consultas com a médica, a psicóloga ou o assistente social. Eu ia sempre de preto, como carcereira.

Por quê?

Elas sabiam que eu não era, já tinha ido lá como pesquisadora, mas me vestia assim para manter a imagem da carcereira, sempre ao lado da presa nas consultas. Fiz escutas. Vi que o núcleo de saúde é uma ilha dentro do ambiente de prisão. Ouvi o que as presas contam para sobreviver.

Leia a entrevista na íntegra AQUI 

**A entrevista foi retirada da Agência Patrícia Galvão 

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