O ano de 2015 foi duríssimo para a população brasileira, não há como negar. Inflação, desemprego e a recessão dominaram o cenário econômico. As mulheres sentiram os efeitos da crise no dia a dia, nos supermercados, na falta de trabalho e de perspectivas.
No entanto, apesar disso tudo, politicamente o país avançou. No ano passado, houve várias conquistas com o pleno funcionamento das instituições. Os principais envolvidos na corrupção da Petrobras e de outras empresas públicas foram presos.
É salutar que a Nação saiba que ex-ministros poderosos, ex-detentores de importantes cargos da República, donos de grandes empreiteiras tiveram um Réveillon amargo, com o sabor de Justiça.
É exemplar que a população conheça essa realidade. Essa situação tem que ser revivida pela mídia, pelos formadores de opinião e divulgada da maneira mais ampla possível.
Sabemos que a corrupção ainda existe e está entranhada na atual máquina pública federal, mas também vimos pela primeira vez na Historia do país uma gangue de figuras notáveis passar as festas de fim de ano na cadeia.
Pode parecer pouco, mas é muito para o nosso país.
Estávamos acostumados a ver a impunidade vencer, a investigação parar e a Justiça demorar.
Nos dias de hoje a Policia Federal, o Ministério Público Federal, a Justiça Federal do Paraná, o Supremo Tribunal Federal e a imprensa livre recuperam a esperança perdida no voto e na credulidade do povo brasileiro, que ingenuamente afiançou nas urnas mais um mandato para a atual Presidente da República.
Mudou o pais, sim, e não pode parar. Há que se barrar, no Congresso Nacional, a Medida Provisória 703/15 que muda a legislação de acordos de leniência (entre empresas e o poder judiciário).
Não bastasse ter sido editada no apagar das luzes do ano, sem qualquer consulta a sociedade, a nova MP de Dilma Rousseff tenta modificar o que deu certo: foi graças a um só acordo de leniência, com uma única empreiteira, que o Estado recuperou cerca de R$ 1 bilhão!
Então, porque mudar o que está dando certo?
Parece claro que a verdadeira intenção presidencial é proteger os corruptores, é manter a impunidade para quem comete crimes. É evitar que respondam pelos seus atos.
O PSDB e o Congresso Nacional dirão não a mais essa tentativa do governo petista de dificultar as investigações e as punições aos agentes corruptos e corruptores que quase destruíram o pais.
Não conseguiram e, como disse a ministra do Supremo Tribunal Federal, “o crime não vencerá a Justiça”. E nem ao Brasil