De acordo com a reportagem, os números de dezembro serão divulgados ainda nos próximos dias e podem fazer com que a perda de depósito no ano passado fique ainda maior. As cadernetas, responsáveis por 80% dos financiamentos habitacionais no país, têm um “horizonte bem negativo à frente” e a expectativa dos agentes financeiros é que as perdas continuem este ano.
O forte ritmo de retiradas das cadernetas desde o início do ano passado fez com que o BC liberasse, no fim de maio, R$ 22,5 bilhões do compulsório que os bancos são obrigados a recolher sobre os depósitos da poupança. Além disso, o BC endureceu as regras para que as instituições cumprissem a exigência de aplicar 65% dos depósitos da poupança em crédito habitacional.
Segundo a publicação, a intensa saída de recursos da poupança só não se tornou um risco à oferta crédito à compra da casa própria porque a recessão, aliada às restrições impostas pelos bancos na concessão de crédito, derrubaram a demanda por imóveis.
Para a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a estimativa para 2016 é que financiamentos habitacionais com recursos da poupança recuem a R$ 60 bilhões, o mesmo patamar de mercado de 2011.