Para o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), a Venezuela já não pode ser considerada uma democracia há algum tempo. “O chavismo tenta eliminar totalmente a oposição e controla a opinião pública e os meios de comunicação com mão de ferro, como todos os ditadores fazem no mundo. Não é diferente do ditador da Coreia do Norte e nem da ditadura cubana”, alerta.
Apesar de considerar as instituições brasileiras mais fortes, o deputado compara a situação da Venezuela com o panorama atual brasileiro. “Aqui no Brasil também não é diferente. Eles tentam de todas as maneiras manipular os três poderes. O que a Venezuela vive hoje, uma decadência política, uma decadência econômica e uma decadência moral, de certa maneira, o Brasil também está vivendo”. Lamenta.
Hauly considera a iniciativa chavista ilegal e imoral porque ofende todas as regras democráticas do mundo. “Mentiras bolivarianas, mentiras chavistas, mentiras do Maduro e dos seus seguidores. Eles são os piores governantes do mundo. Não há nenhum pais no mundo que tenha governantes piores do que os que se assemelham a esses da Venezuela, da Bolívia, do Equador”, explica.
“Não acredito que o governo de Dilma, do PT e do Lula venha tomar alguma posição contra o governo da Venezuela. Eles são parceiros, eles são aliados ideologicamente e de comportamentos”, lamentou o deputado tucano diante do silêncio de Dilma sobre as ilegalidades recorrentes do governo da Venezuela.
Para Hauly, o governo de Maduro tenta manipular pelo parlamento. Na sua opinião,como perderam a maioria no parlamento da Venezuela para as forças democráticas, para as forças libertárias, eles estão tentando retaliar perseguindo deputados que foram eleitos na última eleição.
“O povo da Venezuela, assim como o povo brasileiro, está farto de ditadores e desse tipo de governo sem compromisso, sem postura democrática e sem capacidade, para governar o país”, conclui.
Se os oito deputados forem impedidos de tomar posse, a oposição somaria 104 deputados e não teria mais os dois terços. As eleições de 6 de dezembro interromperam uma hegemonia chavista no Parlamento que já durava 16 anos.