A Diretoria Geral da Câmara dos Deputados também foi alvo da operação, autorizada pelo ministro Teori Zavascki , do Supremo Tribunal Federal, responsável pela Lava Jato no tribunal. Foram cumpridos ainda mandado de busca e apreensão em endereços relacionados aos ministros, Celso Pansera (PMDB-RJ), de Ciência e Tecnologia; e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), do Turismo.
Outro mandado foi cumprido na sede do PMDB em Alagoas, relacionado ao inquérito do senador Fernando Collor (PTB-AL). A PF confirmou também que cumpriu mandados no Ceará e no Rio de Janeiro em endereços relacionados ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) e do senador Edison Lobão (PMDB-MA).
Na avaliação do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), essa era uma tragédia anunciada diante da postergação de uma decisão do Legislativo em relação ao afastamento de Cunha da presidência da Câmara e do impeachment da presidente Dilma Rousseff: “A corrupção está toda no governo federal. Espero que a Câmara afaste rapidamente o presidente Eduardo Cunha da presidência da Casa. A lama da Dilma, do PT, do Lula, do Eduardo Cunha e dos seus asseclas compromete todo o parlamento e toda a política brasileira. É lamentável! Uma vergonha o que está acontecendo”.
E acrescentou: “É previsível, todo mundo sabia, que a lama da Lava Jato viria sobre o Congresso Nacional, se a Casa se omitisse em afastar o Eduardo cunha e admitir o processo de impedimento da Dilma. Essa é uma tragédia anunciada. A lama da corrupção compromete toda a política brasileira. É lamentável e uma vergonha o que está acontecendo. Espero que a Câmara afaste rapidamente o presidente Eduardo Cunha”.
Para o deputado Vitor Lippi (PSDB-SP), essa nova etapa das investigações da Lava Jato traz preocupação para todos os congressistas: “A gente espera que haja o esclarecimento dessas questões para que nós possamos retomar a normalidade dos trabalhos na Casa, que tem um papel fundamental no processo político do país”.