Deputados do PSDB foram à tribuna nesta quarta-feira (30) criticar o corte de recursos do programa Farmácia Popular. O governo federal zerou a verba que seria encaminhada ao projeto em 2016. Com a mudança, remédios para o tratamento de doenças como colesterol, Parkinson e
“Não é aceitável, ao mesmo tempo em que se negocia o Ministério da Saúde com partidos políticos em troca de apoio de base parlamentar, que não se dê prioridade ao atendimento à população nas farmácias”, reprovou o deputado Daniel Coelho (PE). Ele lembra que o programa atende a população de todo o país e pediu todo o esforço necessário para que ele seja mantido.
Na proposta orçamentária encaminhada ao Congresso, o corte será de R$578 milhões, inviabilizando a continuidade do benefício. Apenas as 460 unidades próprias do governo, que distribuem remédios de graça, serão mantidas.
“Existem pessoas que ganham um salário mínimo, dois salários mínimos. Com a alta dos juros, com a alta da inflação, com a alta do dólar, o seu poder de compra cai. Evidentemente, não terão dinheiro para comprar esse tipo de medicamento”, alertou o deputado Fabio Sousa (GO). Quem contava com o subsídio para arcar com remédios de alto custo não terão mais acesso a eles, lamentou o tucano.
Desde 2006, o programa foi expandido para o chamado “Aqui tem farmácia popular”, usando a rede de comércio varejista de produtos farmacêuticos. Farmácias e drogarias da rede privada se cadastram para oferecer medicamentos a baixo custo. Um dos focos da iniciativa é atingir os cidadãos que não buscam atendimento no SUS, mas têm dificuldade em bancar o tratamento.
Além dos medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma, o programa oferece mais 11 itens, entre medicamentos e a fralda geriátrica, com preços até 90% mais baratos utilizados no tratamento de dislipidemia, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma, além de contraceptivos e fraldas geriátricas para incontinência urinária.
(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)
*PSDB na Câmara