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Tentativa de recriar CPMF confirma gastança irresponsável do governo, diz Yeda Crusius

Silvio Torres, Yeda Crusius e Thelma de Oliveira

Silvio Torres, Yeda Crusius e Thelma de Oliveira

Brasília (DF) – A recessão brasileira agora é oficial, segundo informa o IBGE nesta sexta-feira (28). A divulgação do PIB do segundo trimestre de 2015 mostra que a economia encolheu 1,9% por cento, na comparação com o primeiro trimestre, resultado que contraria as previsões dos analistas que previam uma queda de 1,7%. O resultado do PIB é um recorde negativo, segundo matéria publicada no jornal O Globo, “é o pior resultado para qualquer trimestre desde o período entre janeiro e março de 2009, quando o recuo foi de 2,2%. E é o pior resultado para um segundo trimestre de toda a série histórica, iniciada em 1996”.

Em meio a uma saraivada de críticas e análises negativas, que dão como certa a piora para o PIB anual, aumento da taxa de desemprego que já está em 8,3%, a maior da série histórica, e acusam as administrações do PT pelas oportunidades perdidas nos últimos 13 anos; Dilma Rousseff usa tentativa de retorno da CPMF como tábua de salvação para enfrentar a grave crise econômica e política em que sua administração está emaranhada.

Prontamente rechaçada pelo Congresso e pela Confederação Nacional das Indústrias – CNI, a volta da CPMF teria como resultado imediato retirar da economia mais de R$ 40 bilhões por ano e elevar a carga tributária do país, dos já estratosféricos 35% para 36% do PIB. Mais dinheiro para o bolso de um governo que parece incapaz de cortar na própria carne, já que foi o único a aumentar seus gastos no último trimestre, segundo o IBGE.

De Porto Alegre, a ex-governadora Yeda Crusius, economista competente – em sua gestão o Rio Grande do Sul, hoje falido, decretou déficit zero já no segundo ano de administração e entregou ao sucessor um estado saneado, com R$ 3,6 bilhões em caixa – comentou:

“Nunca como dantes neste país”, costumava repetir o ex-presidente Lula ao referir-se a algo positivo que se registrava em números, normalmente herança bendita do Governo FHC. E repetitivamente passou a dizer a presidente Dilma I “abaixo o pessimismo”, referindo-se aos continuados avisos do aproximar-se o desastre dos frutos de sua política econômica de gastança irresponsável principalmente a partir de 2014, mirando a reeleição.

Pois sim, nunca como dantes nas séries históricas de déficit e de recessão registrou-se o desastre dos números destes meses de julho e agosto. Sem surpresas: em plena crise das finanças públicas federais, a receita subiu em julho 4,3%, e as despesas o dobro, 8,7%. Ou seja, continuou a gastança irresponsável.

A tentativa de aumentar receitas pela criação de uma nova CPMF agora repartida com os estados e municípios para financiar a saúde, cópia mal feita da original de 1997, aponta para a repetição do comportamento de gastança: tudo o que resultasse em receitas dessa nova CPMF apenas substituiria o que é atual obrigação do Governo Federal com os entes federados – e a gastança irresponsável continuaria – ressaltou Yeda.

“Portanto não porque somos pessimistas, e sim porque conhecemos o comportamento deste governo Dilma II, um sonoro NÃO à CPMF. e um “sinto muito” para essa recessão, a inflação que nem os mais de 14% da Dilma II consegue frear, e o desemprego que mata a esperança de futuro de nossos cidadãos”.

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