De acordo com a parlamentar, o crime consiste, principalmente, na divulgação de fotos ou vídeos com cenas de nudez ou ato sexual sem autorização da vítima. “Nossa intenção é discutir políticas públicas que possam ser concretizadas em formas de coibir essa prática que, em casos extremos, chega a acabar com vidas”, alertou.
Na justificativa da proposta, a congressista cita pesquisa da Liga Acadêmica de Prevenção e Intervenção à Violência da Unifesp, segundo a qual o cyberbullying levou 41 adolescentes de todo o mundo a cometer suicídio em 2012. Como a prática é relativamente nova, os especialistas na área ainda buscam aprimorar maneiras de lidar com o problema, explica Shéridan.
Campanhas educativas
A outra proposta apresentada é um projeto de lei que institui a realização de campanhas publicitárias no rádio e na televisão para combater o bullying e o cyberbullying. “O único intuito é denegrir a imagem da vítima, abalando-a afetiva e psiquicamente e minando sua autoestima”, informou.
De acordo com o PL, as ações publicitárias deverão ser feitas em horários de maior pico de audiência e ter a duração de, no mínimo, dois meses para alcançar o maior número de pessoas. “É preciso conscientizar a população de que essas práticas não são brincadeira, têm consequências sérias e trágicas”, destacou.
Segundo Shéridan, devido à pressão social e à vergonha que as vítimas sentem por terem sua intimidade exposta, os adolescentes se deprimem, se isolam e, em alguns casos, tentam o suicídio. “Não podemos aceitar que as vidas desses jovens sejam destruídas de braços cruzados”, disse.
Do Portal do PSDB da Câmara