O anúncio foi feito pelo presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, na reunião da executiva, nesta quarta-feira (8), em Brasília.
A meta, disse, é ampliar a participação desses segmentos na vida política nacional e na construção de uma agenda positiva para o país.
“Esse é um momento importante do partido de reafirmação de suas propostas, de contraponto ao governo, cada vez mais fragilizado. Vamos fazer uma campanha com uma linguagem visual única, focada principalmente em dois segmentos da sociedade, os jovens e nas mulheres”, afirmou.
A decisão de atrair jovens e o segmento feminino faz parte da campanha de renovação iniciada há quase dois anos com a eleição de Aécio para a presidência nacional.
Além disso, segundo o senador, pesquisas recentes mostram que o PSDB é a sigla preferida por jovens de 16 a 24 anos.
Há ainda uma demanda cada vez maior das mulheres por participação na vida partidária.
Presidente do PSDB Mulher, Solange Jurema, considera a iniciativa fundamental.
“O clima político das ruas é favorável a esse momento de campanha de filiação nacional para jovens e mulheres. É um passo importantíssimo para o partido se sintonizar, ainda mais, com dois dos mais expressivos segmentos da população brasileira”, diz.
E reitera: “Acredito que, por suas propostas, por sua atuação ética na política brasileira, o PSDB terá forte adesão dos jovens e das mulheres.”
Confira a seguir a entrevista com Solange Jurema:
Quais as contribuições que esses segmentos podem oferecer à vida política na esfera nacional?
Muitas. Os jovens e as mulheres desde junho de 2013, durante a campanha eleitoral de 2014 e agora nas recentes manifestações contra a corrupção se fizeram presente de maneira determinante.
As redes sociais, onde os jovens têm forte presença, foram essenciais para que milhões de brasileiros saíssem às ruas no dia 15 de março para protestar contra o atual estado de coisas. Essa nova maneira de fazer política, de postar ideias, sugestões e criticas parte exatamente da juventude, que mostra aos partidos que há um novo espaço de se fazer política.
O mesmo ocorre com as mulheres. São a maioria da população e do eleitorado brasileiro. Já respondem por cerca de 40% dos lares brasileiros, sozinhas.
Elas têm tudo a contribuir na vida política nacional. No cotidiano, conduzem o dia a dia de companheiros, filhos e filhas. Fazem política diariamente, em casa, com os vizinhos, nas ruas, nas feiras, nos supermercados, nos locais de trabalho. Formam a opinião pública e precisam apenas de um espaço político institucional maior. E o PSDB é o partido que tem propostas concretas e objetivas para superar a violência e discriminação que sofrem.
Qual é a sua expectativa para a campanha de filiação?
A melhor possível. O clima político das ruas é favorável a esse momento de campanha de filiação nacional para jovens e mulheres, anunciada pelo nosso presidente, senador Aécio Neves. É um passo importantíssimo para o partido se sintonizar, ainda mais, com dois dos mais expressivos segmentos da população brasileira. Acredito que, por suas propostas, por sua atuação ética na política brasileira, o PSDB terá forte adesão dos jovens e das mulheres.
Como a Juventude e o PSDB Mulher podem ajudar para ampliar ainda mais as adesões à legenda?
Intensificando a mobilização desses dois segmentos nos municípios, nos estados, organizando nossa militância para mergulharmos nessa campanha. Vou orientar os secretariados do PSDB-Mulher para discutir ações que levem à ampliação das mulheres no partido para ver se alcançamos a maioria porque já somos 44% do total de filiados.
O país vive um momento de efervescência política, principalmente em função das inúmeras manifestações populares. Na sua opinião, esse cenário estimula ainda o engajamento dos inúmeros segmentos da sociedade, como jovens e mulheres?
Não tenho nenhuma dúvida. Os jovens nas redes sociais, seus questionamentos e nova visão de fazer política estão absolutamente atentos ao momento político que vivemos. Com as mulheres ocorre o mesmo. Elas sabem que a inflação está corroendo o orçamento familiar, sabem que a carne, a conta de luz, a conta da água dispararam. E não concordam. Por isso também estão indo às ruas para protestar contra tudo o que está aí. Resultado da má condução de políticas públicas que afeta diretamente a vida de todos.