Durante palestra em seminário organizado pela Fundação Internacional da Liberdade, em Lima, Aécio voltou a criticar a omissão do governo do Brasil e de países vizinhos diante da escalada antidemocrática do regime de Maduro e anunciou a decisão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de integrar o grupo de líderes políticos que fará a defesa dos opositores venezuelanos Leopoldo López, preso há mais de um ano, e do prefeito de Caracas Antonio Ledezma, detido mês passado.
“Há uma omissão hoje grave de governos eleitos democraticamente em relação à escalada autoritária que toma conta de alguns países. No caso do Brasil, é muito mais do que uma omissão, é uma cumplicidade extremamente grave com esses regimes. O ex-presidente Fernando Henrique pediu, inclusive, em seu nome, que eu aqui hoje anunciasse, que ele está aceitando o convite do ex-primeiro-ministro Felipe González e participará, pessoalmente, da banca de defesa na Venezuela”, disse Aécio.
O ex-primeiro-ministro espanhol Felipe Gonzáles coordena o grupo que pretende ir à Venezuela intermediar o diálogo entre governo e oposição.
Apoio aos familiares de líderes presos
Aécio Neves anunciou também uma visita de parlamentares brasileiros à Venezuela para prestar apoio aos familiares dos líderes oposicionistas presos.
“No momento em que há uma ausência do governo do Brasil, cabe a nós, lideranças políticas, fazermos o que os nossos governos não vêm fazendo. Estamos organizando uma ida de lideranças importantes do Brasil, e eu pretendo participar deste grupo. É um gesto claro de comprometimento com a democracia e com a liberdade. Queremos para o nosso país o mesmo que queremos para os nossos vizinhos, povos irmãos, que estão no nosso entorno”, afirmou.
Na viagem a Lima, o senador Aécio Neves se encontrou com as esposas dos oposicionistas: Mitzy Ledezma e Lílian López.
“O senador Aloysio Nunes também fará um grande ato na Comissão de Relações Exteriores em defesa da liberdade na Venezuela”, afirmou Aécio.