O Dia Internacional da Mulher sempre foi marcado por manifestações do sexo feminino por melhores condições de vida e de trabalho. São muitos os exemplos de força e coragem, de mulheres lutadoras, que acabam sendo lembradas a cada nova data, anualmente. E o melhor é que essa lista não para de aumentar.
No Rio Grande do Norte, terra marcada pelo pioneirismo feminino, dentre tantas mulheres batalhadoras na defesa da saúde da mulher, destacamos Elba Alves, 69 anos, que é a atual Presidente da Rede Feminina Estadual de Combate ao Câncer, e Lindamar Tôrres, 67, coordenadora do Departamento de Ação Educação e Divulgação da mesma Rede (Entidade pela qual ocupou a presidência até fevereiro deste ano).
A experiência pessoal de Lindomar a motivou a entrar com maior dedicação possível nesse projeto de ajudar as mulheres e orientá-las na prevenção e tratamento do câncer de mama. “Eu me considero uma vencedora por haver superado a doença, com uma visão otimista e conscientizando outras mulheres a se cuidar”, disse Lindamar.
As voluntárias da Rede Feminina assistem aos pacientes de várias formas: servem um café substancial, fazem palestra na comunidade, doam o lanche do Hospital Luiz Antônio (referência na luta contra o câncer), realizam visita hospitalar, orientam os pacientes e administram a Casa de Apoio Irmã Gabriela acolhendo pacientes carentes do interior do RN.
Segundo Elba, o principal recado que ambas podem deixar neste dia 8 de março é, na verdade, um alerta. “A mulher não pode se descuidar da saúde, uma vez que, hoje, a diversidade dos papéis que desempenha na sociedade faz com que ela se olhe muito menos”, disse.
Não é a toa que o câncer de mama continua sendo apontado como um dos grandes vilões da saúde da mulher atualmente. Contra a doença, não há nada melhor do que se prevenir. “As mulheres devem fazer seu exame clínico anual, o autoexame mensal, observar se têm alguma alteração nas mamas. É importante também observar os fatores de risco: menstruação precoce, menopausa tardia, não amamentar, 1ª gravidez após os 30 anos, histórico familiar, estresse, alimentação rica em gordura, uso de anticoncepcional por um longo período e fumo”, orienta Elba.
Ao ser questionada sobre os motivos que levam as mulheres a não realização dos exames preventivos, Lindamar acredita que os obstáculos podem ser variados. “A desinformação, dificuldade de locomoção, tabus e medos, e a grande dificuldade em fazer seus exames pelo SUS, principalmente com relação à falta de mamógrafos”, lamenta.
Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano, conforme dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA). Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estados avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.
Segundo as entrevistadas, o índice de incidência de câncer de mama, poderia ser diminuído também através de campanhas educativas promovidas por diversas Entidades governamentais em todos os níveis. Principalmente tornando a publicidade instrumento institucional em beneficio da saúde da mulher brasileira.
*Fonte: PSDB-Mulher/RN