Dinheiro público, roubado da maior empresa estatal brasileira e que irrigou campanhas eleitorais de candidatos petistas e da base aliada até o ano passado.
Não bastasse isso – por si só uma gravíssima distorção e um escândalo sem precedentes na história do Brasil – todo o dia acumulam-se informações sobre o péssimo estado da economia do Brasil, colecionando índices negativos e repetindo indicadores desastrosos como há décadas não se via.
Mesmo assim, e diante desse quadro decadente, o PT incita seus militantes a ocupar as redes sociais e as ruas para defender o indefensável, para explicar o inexplicável, para tentar, mais uma vez, enganar o povo brasileiro, já saturado de tanta mentira, de tanta corrupção, de tanta enganação.
Autoritários, querem impedir que a sociedade brasileira expresse sua indignação nas redes sociais, nas ruas e no Congresso Nacional, que seus representantes clamem pela realização de um verdadeira Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, sem manipulação do governo federal.
E que debatam democraticamente, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, a grave política vivida pelo país e que a cada dia ganha as ruas, nas conversas das pessoas, indignadas com a promessa eleitoral e a realidade das ações do governo.
No entanto, o que vale para o povo é o refrão da música de Chico Buarque; “que andam falando pelos botecos”, nos idos da redemocratização, no final da década de setenta. A vontade popular é soberana.
Sobre a Presidente Dilma Rousseff, gostem disso ou não o PT e seus aliados, existem dúvidas pertinentes quanto ao papel dela no caso do Petrolão, como se pode ver nas redes sociais.
De duas uma: ou sabia e comandou o processo ou é incompetente e leniente com o patrimônio público sob sua responsabilidade, razões mais do que suficientes para não permanecer no cargo, em momento tão crítico da vida política econômica e social do país, provocado exclusivamente por ela e seu antecessor.
As vitórias democráticas obtidas pelas oposições na Câmara dos Deputados– a instalação da CPI da Petrobras, a composição das comissões e a aprovação do orçamento impositivo – representam um alento e um estímulo para as ruas depois do pleito eleitoral que fraudou a vontade popular com o estelionato eleitoral perpetrado pelo PT.
As manifestações de protesto previstas para 15 de março são legítimas, expressam a vontade popular e não podem sofrer qualquer tipo de ataque como a que a direção nacional do PT postou nas redes sociais – Militância, às armas – frase de mau gosto e de perigosa e dúbia interpretação.
Para eles, nosso chamado é outro:
“Brasileiros, à luta democrática, sem armas!”
Somente com nossa indignação e vontade de fazer um Brasil melhor.
*Thelma de Oliveira é vice-presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB