A seguir, a íntegra da afirmação de Fernando Henrique no Facebook.
“Quando eu entrei na USP, em 1949, com 17 anos, percebi que ali se buscava introduzir na Universidade um método de fazer ciência, que se distanciava do estilo “ensaístico” característico da obra de autores como Gilberto Freyre, com Casa Grande e Senzala, e Sérgio Buarque de Holanda, com Raízes do Brasil. Mais do que conteúdo, aprendia-se o método: o que perguntar, como perguntar, que passos dar para chegar a responder às perguntas que estão sendo propostas. A introdução desse rigor científico nas ciências humanas representou uma conquista importante da Universidade, que também exerceu forte impacto na sociedade.
Para que essa característica se mantenha, a USP precisa continuar aberta socialmente, incluindo cada vez mais as novas camadas sociais, sem perder o sentido do mérito e da inovação. Estes requerem competição e abertura de espírito, sem temor dos influxos intelectuais vindos de outras universidades brasileiras ou estrangeiras.”