“Nossa finalidade é eliminar os obstáculos que possam surgir no atendimento ao surdo na rede pública de saúde, facilitando, por meio da comunicação adequada, o entendimento das necessidades que o levaram a procurar um atendimento médico, garantindo seu acesso integral ao Sistema Único de Saúde (SUS)”, frisa a psicóloga Analinne Maia, técnica responsável pelo curso no PAPD.
O curso de Libras direcionado aos profissionais de saúde será realizado durante o período de seis meses. Cada aula terá duração de três horas, uma vez por semana. Para participar, os interessados devem solicitar uma declaração da coordenação ou direção de sua unidade ou setor de trabalho como comprovação de seu vínculo com a SMS e um encaminhamento, junto ao PAPD – localizado nas salas 129 e 130, do Bloco M do PAM Salgadinho, a partir do dia 19 de janeiro – juntando, a isso, um comprovante de residência, uma foto 3×4, RG e CPF.
As inscrições serão iniciadas no dia 3 de fevereiro, no próprio Centro de Atendimento ao Surdo, situado à Rua Ernesto Maranhão, s/n, Jatiúca, ao lado da Escola Estadual Rosalvo Lobo. Serão disponibilizadas 25 vagas. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones 3315-5295 e 3315-5213 ou pelo e-mail papd.maceio@gmail.com.
Oficina
Abrindo espaço para que o profissional assegure a possibilidade de lidar de forma eficiente com os pacientes que possuem deficiência auditiva, o curso teve sua realização motivada por outra ação semelhante do PAPD. Realizada em setembro passado, a oficina “O Atendimento da Pessoa Surda na Saúde”, ministrada pelo professor Paulo André da Silva Bulhões, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – que também é surdo – despertou o interesse de enfermeiros, médicos, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, auxiliares e técnicos de enfermagem que trabalham na rede pública de saúde para o assunto.
“Já naquela ocasião, o debate acerca do tema foi muito rico e interessante, o que levou à ideia de capacitar os profissionais da área, proporcionando um atendimento mais humanizado e eficiente a esse público-alvo, já que o modo como os deficientes auditivos lidam com o mundo é diferente daqueles que ouvem e a constante capacitação é importante para promover a inclusão social”, ressalta Analinne.
Ascom/SMS