A estatal está atrasada com a entrega do balanço porque, uma vez conhecidas as denúncias da Operação Lava Jato, a Pwc determinou à empresa dar baixa nos valores dos investimentos em ativos inflados por propinas.
As denúncias começaram a ser reveladas com o depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa à Justiça, em outubro. Ele afirmou ter existido na empresa o funcionamento de um cartel de empreiteiras que decidiam os resultados das licitações e cobravam propinas de 3%, parte das quais destinadas a partidos políticos.
A Petrobras tentou apresentar um balanço não auditado em 12 de dezembro, sem sucesso. A presidente da empresa, Maria das Graças Foster, reconheceu que levará anos para que todas as baixas relativas a corrupção sejam feitas.