No final do ano, no apagar das luzes de um mandato medíocre, Dilma Rousseff anunciou mudanças na concessão de importantes benefícios sociais que, na prática, significam a perda de conquistas históricas dos trabalhadores, apregoadas e enaltecidas na campanha eleitoral como “luminares” da maneira petista de governar.
Com uma só canetada, o governo Dilma Rousseff atingiu estudantes, pensionistas, servidores públicos, pescadores, e beneficiários do abono salarial e do auxílio doença.
Em relação ao seguro-desemprego, o governo petista foi ainda mais perverso: criou critérios supostamente mais rígidos para barrar um direito do trabalhador desempregado, no momento em que o desemprego no país aumenta de maneira acelerada. Ou seja, teremos mais demitidos e menos benefícios.
Mais uma vez, como os próprios petistas costumavam repetir em seus discursos de oposição, a “classe trabalhadora” vai pagar a conta dos desmandos de um governo incompetente na condução da política econômica – o “esforço” obrigatório trará economia de R$ 18 bilhões ao nefasto governo no ano que vem e garantirá pelo menos 25% da meta do superávit primário de 2015.
Por erros primários em sua política econômica, sequioso por se manter no poder a qualquer custo, o governo petista de Dilma Rousseff gastou em 2014 mais do que podia, não controlou a inflação, segurou as tarifas públicas e reduziu os juros para garantir os votos nas urnas.
Em português claro; cometeu estelionato eleitoral, o maior que o Brasil já conheceu!
O resultado das contas públicas de novembro – divulgado no último dia 29 – mostra o pior desempenho em 17 anos, comprova a incompetência na condução da política econômica e o desmonte do Brasil equilibrado, entregue à administração petista, por Fernando Henrique Cardoso.
No ano, até novembro, o rombo é de exatos R$ 18,7 bilhões, não por coincidência o mesmo valor que o trabalhador, desempregados, estudantes, viúvas e pensionistas em geral vão pagar.
Sem consultar as centrais sindicais, a Presidente da República se contradiz e revela sua verdadeira face, negando o que disse, então candidata, em programa eleitoral com dirigentes sindicais, que não mudaria as leis e benefícios trabalhistas “nem que a vaca tossisse”.
A vaca tossiu, o desempregado pagará a conta e o berro de raiva, será do povo brasileiro.
*Thelma de Oliveira é vice-presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB