Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgados somente agora, após a consolidação do resultado do processo eleitoral, revelam que o número de miseráveis no Brasil subiu em 3,7% em 2013.
É o que mostra a reportagem sobre o assunto na edição desta quinta-feira (5), do jornal Folha de S.Paulo. “Sem fazer alarde, o Ipea publicou dados represados durante as eleições que confirmam a interrupção do processo de redução da miséria. Segundo novas informações do Ipeadata, um banco de dados digital do instituto, o número de miseráveis do país cresceu de 10,08 milhões, em 2012, para 10,45 milhões no ano passado”, relata a Folha.
Recentemente, em outubro, o Instituto, vinculado ao governo federal, proibiu a divulgação de estudos baseados em dados públicos antes do segundo turno da eleição.
Para o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), os fatos demonstram que o governo usurpou do poder: “Manipulou dados. Isso é lamentável.”
Hauly diz ainda que tudo isso reflete o resultado de uma política econômica marcada pela volta da inflação e que corrói o poder aquisitivo da população mais pobre, refletida agora nos números que o Ipea torna públicos.
“A carestia diminui drasticamente o poder de compra dessas famílias. Além disso, o Brasil tem a mais injusta carga tributária do mundo para as pessoas mais pobres”, reitera.