O acordo foi firmado no final do mês passado na sede da Escola Nacional Florestan Fernandes, do movimento sem-terra, em Guararema, a 80 quilômetros de São Paulo. A escola promove cursos de formação política e técnica para movimentos sociais do Brasil e da América Latina. Em discurso em Guararema, Jaua, que foi chanceler do ex-presidente Hugo Chávez, afirmou: “Firmar esse convênio para incrementar a capacidade de intercâmbio de experiências, de formação, para fortalecer o que é fundamental em uma revolução socialista, que é a formação da consciência e da organização do povo para defender o que já foi conquistado e seguir avançando na construção de uma sociedade socialista”.
Para líder, convênio é um atentado à soberania nacional. “MST não é personalidade jurídica, não pode ser processada, mas pode firmar convênio esdrúxulo com um país com práticas ditatoriais para treinar indivíduos para uma possível revolução socialista no país. É inaceitável que o Governo Federal não trate o assunto com a devida atenção. Precisamos tomar todas as providências cabíveis para salvaguardar o Brasil de ações inescrupulosas”, argumentou.
Os requerimentos foram encaminhados à Comissão de Agricultura pedindo a convocação do ministro da pasta, Miguel Rosseto, à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência, para convocar o ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, José Elito, e também o Diretor-Geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Roberto Trezza. O líder encaminhou requerimento de informação ao Ministro de Estado das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, sobre a questão.
Do Portal do PSDB na Câmara