“O Brasil é preto e pardo, é branco e índio, ele é de todos os brasileiros”, destacou ele, sendo aplaudido e ao som de palavras de ordem: “Aécio Presidente”. “[O Brasil] não é de apenas uma parcela da população. Não aceitarei o discurso de nos dividir ao meio, entre os brasileiros do Norte e do Sul, dessa ou daquela crença.”
Em carro aberto, que mal conseguia circular pelas ruas lotadas, Aécio destacou que a partir da sua vitória o país viverá um novo momento histórico. “Estamos a pouquíssimos dias da libertação dos brasileiros”, ressaltou.
Em seguida, o candidato acrescentou: “Vamos permitir que o Brasil volte a ser de todos os brasileiros, não mais de um grupo político, que se apoderou do poder como se fosse de sua propriedade. A nossa proposta é da generosidade e de respeito à diversidade”.
Emocionado, Aécio agradeceu a votação que teve na Bahia e o apoio do prefeito de Salvador, ACM Neto, e da ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Eliana Calmon. Também participaram do ato político o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE), entre outros.
“Não aceitamos que queiram dividir o Brasil. Não existe um Brasil do Sul e outro do Nordeste. O Brasil é um só e por isso não se divide”, afirmou ACM Neto ao lado de Aécio.
Nordeste Forte
Aécio lembrou que, logo no início da campanha, lançou o programa Nordeste Forte. Nele, há 45 ações que se destinam à melhoria da qualidade de vida na região, envolvendo educação, saúde, segurança e obras de infraestrutura, entre outros.
“Vamos reduzir em pelo menos 30% os crimes violentos, em especial os homicídios em todo o Nordeste brasileiro”, afirmou o candidato. “A nossa proposta tem inúmeras prioridades, mas a maior delas é a diminuição das diferenças regionais. Nós só vamos diminuir as desigualdades no Brasil tratando as regiões desiguais de forma desigual.”
Aécio relembrou que ele representa a candidatura das forças políticas da mudança. “Não sou mais o candidato de um partido, mas de uma coligação. E eu sou o candidato da mudança, da mudança de valores, da mudança da visão do Estado e da mudança de prioridades para que o nordeste seja efetivamente a grande prioridade do próximo governo.”
Ofensas
Aécio reiterou que reagirá às calúnias e difamações por parte da candidata do PT à reeleição, a presidente Dilma Rousseff.
“A minha adversária optou por discutir o passado e focar a campanha em ofensas e denúncias. É triste ver uma campanha em que se busca a desconstrução daqueles que ousem disputar com eles. Só que eu não me abato com isso. A cada infâmia, redobra em mim a disposição de debater o futuro”, afirmou.
Aécio ressaltou que sugeriu à Dilma para que prevaleça nos debates a discussão sobre propostas e ideias. “Ela [a presidente] própria diz que são dois projetos distintos. E são realmente dois projetos absolutamente distintos. Mas obviamente as ofensas e calúnias não ficarão sem resposta.”
O candidato lembrou que o PT não faz o “jogo da boa política”, pois ultrapassa os limites da ética. “Os nossos adversários não têm limites. Não fazem o jogo da boa política. Portanto, temos que estar prontos e preparados para o bom combate, onde quer que ele se dê”, afirmou.
Denúncias
Questionado sobre as denúncias que relacionam o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra com desvios na Petrobras, segundo acusações do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, Aécio defendeu as apurações.
“Defendo o mesmo tratamento para todos, que as investigações avancem e, se tenha alguém envolvido, deve responder pelos seus atos. Pela primeira vez, ela [Dilma Rousseff] agora parece crer nas denúncias do Paulo Roberto Costa, mas não vimos ainda nenhuma atitude dela em relação a pessoas próximas a ela que são citadas”, destacou o candidato.