Sobre violência contra a mulher, a primeira questão foi trazida por uma vítima desse crime que ainda mantém as estatísticas no Brasil, mesmo com a Lei Maria da Penha. “Temos de criar uma rede de proteção à mulher, isso é política de segurança que hoje está carente de investimentos do Governo Federal. São aplicados somente 13% do orçamento total e nós vamos repassar recursos ao estados para melhorar essa área”, respondeu Aécio. A candidata paulista a deputada Federal, Marisa Deppman, que defende políticas para redução de crimes praticados por menores infratores e citou a morte do filho, Victor Deppman, em um assalto, em São Paulo, caso que chocou o Brasil em 2012. “Marisa, olhe aqui nos meus olhos, eu vou sancionar essa lei (referindo-se ao projeto do vice Aloysio Nunes de redução da maioridade penal) e você vai estar comigo, lá em Brasília neste momento”, prometeu o candidato, solidário à causa da mãe e advogada que disputa uma vaga no Congresso Nacional. Aécio pediu que as mulheres conhecessem as diretrizes para seu plano de governo que estão publicadas no site oficial de Aécio Neves.
Sobre a saúde, questão que preocupa as mulheres, maioria do eleitorado brasileiro, o candidato disse que um dos programas que deve ser levado para todo o Brasil, em sua gestão, será o Mulheres de Peito, do governo Alckmin, em São Paulo. No encontro, presenças de lideranças de mulheres como as indígenas da Amazônia tiveram oportunidade de sugerir mudanças na condução de áreas de atenção específica. Beth Mura, do Movimento Indígena Por Uma Vida Melhor pediu para o candidato dar importância para a saúde. “Há peculiaridades sobre a mulher indígena, a saúde dessa população e nós vamos tratar disso em meu governo”, respondeu Aécio. Depois da roda de conversa, a militante da causa indígena concedeu entrevista à uma agência de notícias francesa, que cobria o evento e declarou que o atual governo descumpre a Constituição Federal sobre a saúde da mulher indígena brasileira, segundo ela garantida pela legislação, mas não cumprida pelas políticas públicas atuais. A mortalidade materna também foi um problema levantado na roda de conversa pela ginecologista e obstetra, professora da USP, Albertina Takiuti. “O Brasil, na mortalidade materna está igual como na economia, não cumprimos a meta da OMS de 35 por 100 mil nascidos, estamos em 65 mortes registradas, isso é um atraso”, afirmou.