A menos de dois meses das eleições presidenciais o país viveu um drama político com o súbito e brutal desaparecimento do candidato do PSB, Eduardo Campos, e de mais seis pessoas, entre assessores e tripulantes.
Afora o fato político de que Campos deixou uma lacuna na eleição presidencial tolhendo nosso eleitorado de mais uma opção, há que se debruçar sobre a dor da família daqueles que perderam seus entes queridos, pais, esposas, namoradas, irmãos e amigos.
E dos exemplos que vem delas, especialmente da mãe de Eduardo, Ana, e de sua esposa Renata, que engrandeceram a importância e a dignidade das mulheres nesses contextos tão dolorosos a todos familiares.
Ana, passando por essa provação, mantém um silêncio obsequioso, recusando-se a compartilhar sua imensurável dor com a opinião publica. Despiu-se completamente dos paramentos do cargo de ministra do Tribunal de Contas da União para introjetar a dor desesperada de uma mãe que vê um filho partir antes dela, contrariando o ciclo natural da vida.
Não perdeu a dignidade e nem se expôs publicamente.
Outro caso exemplar é o da esposa de Eduardo Campos, Renata, companheira de vida, de jornada pessoal construída ao longo dos anos, com cinco filhos, e que se mostrou inquebrantável, mesmo na morte.
Relato da jornalista Mariana Dias, repórter da Folha de S. Paulo, mostra a força, a coragem e a determinação dessa mulher em enfrentar, de repente, uma realidade tão brutal, com a perda do companheiro presente na sua vida e na criação dos filhos – “firme e serena”, na expressão da matéria da jornalista.
“Forte como uma rocha”, na definição de um amigo da família, Renata ainda encontra forças para apoiar seus filhos e amamentar o seu mais novo, Miguel, que herdou o nome do avô, também ex-governador pernambucano como seu pai.
O cotidiano dela ao lado de Eduardo Campos não foi diferente de milhares de brasileiras que convivem com maridos que, em razão de sua opção profissional ou de vida, afastam-se por longos períodos de caso – mesmo sendo presentes, como Campos.
E sua vida futura se confundirá com a de tantas outras viúvas brasileiras que vivem essa realidade.
Mas, como tantas, Renata, encontrará energia e determinação para criar seus filhos, com o exemplo e o amor do pai e a coragem da avó.
Ana e Renata, Cecília nosso abraço afetuoso do PSDB-Mulher e das mulheres brasileiras!
Vocês são exemplo.
Força nessa hora!
Solange Jurema
Presidente Nacional do PSDB-Mulher