Quem pega um livro de Julio Cortázar (1914-1984) pela primeira vez está prestes a adentrar em mundo admirável e único: cheio de personagens estranhos, por vezes kafkianos, mas repletos de um sentimento próximo à ternura e até mesmo ao alumbramento infantil. A partir de experiências cotidianas e rotineiras ele lapidou os tesouros mais surpreendentes, exatos e perturbadores.
As histórias aqui reunidas – uma amostra das décadas de produção e criatividade incessantes, em nova tradução – têm isso e algo mais em comum: o fato de jamais subestimarem o leitor. Pelo contrário, o autor o considera uma peça-chave ao qual reserva um lugar de destaque no jogo literário. Após cada conto, sentimos como se uma nova janela houvesse se aberto para nossa compreensão da vida. Como afirmou Vargas Llosa, a literatura de Cortázar “é um refúgio de sensibilidade e imaginação que nos ajuda a fugir da insegurança e do absurdo deste mundo”.
*Fonte: Resenha de divulgação da editora L&PM Pocket