A parlamentar mostrou que o ocaso da Chesf começou quando o presidente Lula anunciou que a Eletrobrás deveria ser transformada em uma “Petrobrás do setor elétrico” e autorizou a transferência para a Eletrobrás de todo o lucro que a Chesf vinha obtendo, deixando a empresa a depender de deliberações nacionais para continuar investindo.
“No governo, Dilma pôs o plano em ação e em 2009, a empresa transferiu para a Eletrobrás todo seu lucro, o equivalente a R$ 906 milhões, em 2010 chegou a R$ 2,1 bilhão e o de 2011 que foi de R$ 1,5 bilhão”, relatou a tucana, citando ainda que o déficit orçamentário da estatal contabilizou R$ 5,3 bilhões, em 2012, e de R$ 466 milhões, no ano passado, provocado por uma redução artificial na conta de luz dos brasileiros .
Segundo Terezinha, a presidente ordenou ainda um corte brusco nas suas despesas com pessoal, dessa forma a estatal perdeu parte de sua inteligência através dos sucessivos Planos de Demissão Voluntária, que contou com a adesão de mais de 1.300 funcionários. Hoje a empresa tem pouco mais de 5 mil funcionários.
A tucana disse ainda que, sem autonomia nem recursos para investir a Chesf foi constrangida recentemente pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel – que vetou sua participação em novas licitações sob alegação de que a empresa está com muitas obras atrasadas. ‘Como pode uma empresa que tem que transferir todo o seu lucro e arcar com prejuízos impostos por medidas eleitoreiras do Governo Federal vai poder ter condições de continuar operando e fazendo obras?”, questionou. “A Chesf não só está sem recursos para tanto quanto não tem conseguido manter a contento suas linhas de transmissão sendo continuadamente acusada de responsável pelos apagões nordestinos”, concluiu.
Fonte: Facebook da deputada Terezinha Nunes (PSDB-PE)