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“A inflação nossa de cada dia”, por Thelma de Oliveira

Foto: George Gianni

Foto: George Gianni

O governo Dilma Rousseff continua mostrando sua incompetência em administrar o país e, mais uma vez, permite o retorno da inflação a níveis que desconhecíamos desde 2003.

A inflação de março chegou a quase dois por cento, um absurdo considerando que não ha justificativa plausível para isso, mesmo que as intempéries naturais sirvam de desculpas – aliás, se elas influenciam a responsabilidade é do governo que não tem um plano de contingência, emergencial.

Mas, o pior de tudo, é que esse número não é o número real da inflação nossa de cada dia, aquela inflação que nós, donas de casas, enfrentamos nos supermercados, nos armazéns e quitandas.

O preço de alimentos em algumas capitais subiu a inacreditáveis 35% em um único mês!

Só quem vai pelo menos uma vez por semana sabe, sente no bolso, essa terrível alta de preços que atinge diretamente aos pobres, que sem condições de acompanhar a velocidade do aumento de preços dos gêneros alimentícios.

Como comprar batata se o quilo dela subiu 35% em março?

Ou o tomate, que ficou 32% mais caro nesse mesmo período?

Acompanhou essa corrida contra os mais pobres o aumento das hortaliças e verduras de maneira geral, que batem a marca de 11,5% de aumento!

Quem ganha bem tem mais condições de enfrentar essa escalada de preços. Mas quem ganha o salário mínimo, a maioria do povo brasileiro, tem mesmo é que, mais uma vez, apertar o cinto e reduzir seus gastos com alimentação.

E nós sabemos como resolvemos isso: trocamos a batata pelo inhame, o tomate por outros tempero mais barato, escolhemos as verduras e hortaliças mais baratas. Isso quando ainda temos uma margem de escolha porque, se a inflação persistir, perderemos a opção dessas alternativas.

É claro que o governo Dilma Rousseff tem completa responsabilidade por esse descontrole de preços. A política econômica desse governo, desde o primeiro mês, desdenha o combate à inflação, permitindo que haja um contínuo aumento de preços.

Tem sua responsabilidade ao aumentar os gastos públicos com obras questionáveis e superfaturadas, como demonstram os casos relatados pela imprensa recentemente. Um governo que acaba gastando mais do que arrecada.

O efeito disso é o que nós enfrentamos nas gôndolas dos supermercados. Um incrível aumento de preços que nos faz lembrar aquelas maquinas remarcadoras que na década de 80 faziam parte do nosso cotidiano, quando íamos a um supermercado.

É só relembrar os meses em que a inflação chegou aos 80% e que só foi inteiramente debelada quando o nosso presidente tucano, Fernando Henrique Cardoso, fez o Plano Real e estabilizou a economia do país.

Estabilidade que, infelizmente, é constantemente ameaçada pelo governo petista de Dilma Roussef.

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