Sérgio Guerra é um daqueles políticos que passará para a história política do Brasil, do Nordeste e de Pernambuco como um exemplo de tolerância, de diálogo, de compreensão, de entendimento e, principalmente, de muita sensibilidade com as lutas das tucanas.
É dele a assinatura da Resolução 1/13 da Comissão Executiva Nacional do PSDB, que garante a presença de pelo menos 30% de mulheres nas direções municipais, estaduais e da nacional, um avanço em nossa luta interna pela ocupação de espaços institucionais na vida partidária.
Com o total apoio e intensa participação dele, o PSDB-Mulher realizou o histórico encontro de mulheres em Pernambuco, que reuniu mais de 1.000 tucanas de todas as unidades da Federação, de todos os recantos desse nosso imenso Brasil.
Desse evento nacional surgiu a “Carta de Recife”, onde listamos nossas reivindicações e apresentamos nosso ideário de luta e que fundamentou a Resolução 1/13, assinada posteriormente por ele, depois de assumir o compromisso público com as tucanas.
Sérgio Guerra era assim: ouvia, acertava um “combinado” e depois o cumpria rigorosamente. Com ele, valia o que os antigos diziam “o fio de bigode”, palavra dada, palavra cumprida.
Esse apoio quase que incondicional de Guerra – porque ele também fazia suas ponderações firmes e pertinentes e nos convencia com os seus argumentos – resultou no excelente desempenho eleitoral do partido e especialmente das mulheres nas eleições municipais de 2012.
O PSDB elegeu 96 prefeitas, 83 vice-prefeitas, 726 vereadoras, um desempenho eleitoral superior ao pleito municipal de 2008, fruto da parceria do Secretariado Nacional do PSDB-Mulher comandado por Thelma de Oliveira, com Sérgio Guerra, numa sintonia em que todos ganharam: as mulheres, as tucanas, a sociedade, o partido.
Então, na semana do Dia Internacional da Mulher não poderíamos deixar de registrar nossa gratidão pública a tudo que ele fez pelas tucanas, pelas mulheres brasileiras, pelo Brasil e pelos pernambucanos, que o elegeram deputado federal e senador, reconhecendo seu trabalho e sua imensa capacidade política.
Coincidentemente, Sérgio Guerra nos deixou no mesmo dia de Mário Covas, em 2001, outro ícone do partido e também um homem e político sensível aos problemas da mulher – apenas para registrar, foi no governo tucano de Covas que as mulheres ganharam o direito de registrar em seu nome a casa ou o terreno concedido pelo Estado.
Portanto, tucanas, vamos comemorar esse Dia Internacional da Mulher com exemplo de dois tucanos que já nos deixaram fisicamente, mas que nos legaram um rol imensurável de exemplos para nossa jornada.
A luta continua!
Solange Jurema é presidente do PSDB-Mulher nacional