Médico, o parlamentar afirma que “vergonhosamente a decisão do governo é de, por meio de uma portaria condenar à morte, ou a um diagnóstico tardio”, mulheres na faixa etária entre 40 e 49 anos, que correspondem a cerca de um terço dos diagnósticos de câncer de mama.
“Em um país onde uma mulher é a presidente da República e há várias mulheres ocupando o cargo de ministras de estado, é inaceitável que se endosse este tipo de Ato Normativo perverso, assinado pelo ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha”, afirmou Colnago.
A portaria contraria o que determina que o Sistema Único de Saúde (SUS) deve assegurar “a realização de exame mamográfico a todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade”.
Na semana passada, o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), anunciou que entrará com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) para suspender os efeitos do que classificou de “nefasta decisão” da gestão petista. Deputados tucanos também repudiaram a medida adotada pelo Ministério da Saúde e demonstraram apoio à ação do Conselho Federal de Medicina (CFM), que decidiu recorrer à Justiça contra a decisão.
“Essa portaria do governo federal provoca um retrocesso na liberação de procedimentos, como a mamografia, que asseguram a detecção e o tratamento dos cânceres de mama e de colo de útero, pelo sistema público, em prejuízo de uma parcela significativa de mulheres”, afirmou o deputado. “A presidente Dilma [Rousseff] joga no lixo a conquista de uma luta histórica de milhares de pacientes. Vamos entrar com uma Adin para suspender os efeitos dessa nefasta decisão.”
De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de 25% dos casos de câncer de mama no Brasil são detectados nas mulheres com idade entre 40 e 50 anos. Essas só terão acesso à mamografia se as prefeituras pagarem pelo exame. O câncer de mama é o mais frequente e a principal causa de morte por câncer em mulheres no Brasil e no mundo.
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