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Mara Gabrilli quer investigação de superfaturamento milionário em compra do GDF

Mara-Gabrilli-Foto-George-Gianni-PSDB-11-300x199.jpgA deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) considera absurdo o Governo do Distrito Federal (GDF) ter aceito pagar R$ 4,58 milhões por um aparelho de exoesqueleto robótico para fisioterapia cujo preço no mercado é de cerca de R$ 1 milhão, incluindo instalação e treinamento. “Foram cometidos dois crimes: um o superfaturamento em si, e o outro de superfaturar em cima de uma questão brasileira que já é uma miséria – a reabilitação. Quantas pessoas gostariam de poder fazer treino de marcha em um equipamento desse e não podem?”, questionou nesta quarta-feira (8). Segundo a tucana, o Ministério Público Federal deve ser acionado para investigar este caso e outras aquisições efetuadas pelo GDF na área da saúde.

Para ela, a iniciativa da gestão petista de Agnelo Queiroz seria ótima se não fosse pelo valor do negócio, que dispensou licitação. Uma das principais defensoras no Congresso dos interesses das pessoas com deficiência, Mara lembra que a reabilitação no país está fracassada. Faltam clinicas que ofereçam o tratamento, impedindo, por exemplo, o ingresso de muitas pessoas no mercado de trabalho.

Segundo o blog jornalístico “Coluna Esplanada”, a compra do equipamento foi fechada em agosto pelo secretário de Saúde do GDF, Rafael Barbosa, e a fornecedora BioAlpha Serviços e Comércio de Materiais Hospitalares, com sede no Rio de Janeiro, conforme a nota de empenho da Secretaria de Saúde. A deputada critica a atuação do secretário ao firmar negócio com os proprietários Cainã Albuquerque e Ana Carla Albuquerque. Eles têm 22 e 25 anos, respectivamente, segundo o blog. “Quer se apropriar de um dinheiro público que seria para a reabilitação das pessoas. Soube que a verba da saúde do GDF vem do governo federal. O que o Planalto vai fazer? Isso não pode ficar assim”, manifestou com indignação.

Um dia após a denúncia feita pelo “Coluna Esplanada”, o governo petista emitiu nota informando que a compra havia sido cancelada. De acordo com o GDF, o Lokomat adquirido atenderia pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) do Hospital de Apoio. O superfaturamento de mais de R$ 3,5 milhões daria para comprar mais três equipamentos.

 

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