Os primeiros nos dão a Educação e a formação para nos conduzir no decorrer de toda a nossa vida. Ninguém esquece a primeira professora, os primeiros ensinamentos.
Os médicos nos garantem a vida, o bem-estar, o tratamento necessário para podermos usufruir de uma boa saúde, superarmos eventuais doenças.
Nas duas profissões, as mulheres se destacam.
O Brasil tem 1,6 milhão de professoras só no ensino fundamental – 80% do total do corpo docente.
E temos 148 mil médicas, cerca de 41% do total.
Mas a situação de trabalho, as condições em que tanto as professoras quanto as médicas exercem a sua profissão são de péssima qualidade.
Não há uma efetiva preocupação do governo federal em garantir ao corpo docente do país condições dignas de trabalho. O salário é insuficiente, não há valorização da Educação, não existem creches e nem escola integrais aonde efetivamente poderiam educar crianças.
Mesmo assim, não deixam de cumprir o compromisso de formar brasileiros e brasileiras que recorrem ao ensino público esperando encontrar nele o caminho para ascensão social e profissional.
Com a classe médica a situação não é diferente. Vivemos o caos na saúde pública do Brasil, em qualquer unidades da Federação.
Corredores lotados de pacientes, falta de macas, de seringas, de enfermeiros, enfim de quase tudo. O caos!
Não bastasse isso, o governo federal os ataca covardemente, acusando-os de não querer ir trabalhar no interior e importa milhares de médicos estrangeiros para fazer esse papel.
E os traz atropelando a Constituição, entregando a população interiorana nas mãos de supostos profissionais que sequer fizeram o Revalida – prova que os habilita a exercer a profissão no Brasil.
Para efetivar esse seu programa eleitoreiro, o governo federal acabou com o poder dos Conselhos Regionais de Medicina de conceder o registro profissional.
Vale tudo nessa louca corrida para garantir votos em 2014!
É nesse quadro, nesse caos, que as médicas ocupam um espaço maior na comunidade médica e sofrem ao ver tanta desorganização, tanto desserviço público no Brasil.
Por isso mesmo, professas e médicas merecem nosso respeito.
1ª vice-presidente do Secretariado Nacional da Mulher