E o que dizer quando se é “diferente”? E o que vem a ser “diferente”? Para muitos, só um detalhe de questão sócia econômica, mais para 10% da população brasileira, o ser “diferente”, vem com um detalhe que muitas vezes passa despercebida para os olhares do dito “normal”. Ter alguma espécie de deficiência, não é um fator considerado incapaz e sim alguma limitação que para exercer alguma função é necessária certa adaptação, seja ela física ou de logística. Quantas vezes foram necessárias eu brigar, reivindicar, lutar para ter o meu direito adquirido de cidadã de ser tratada como alguém? E quantas vezes forem necessárias faria e farei tudo de novo, não é o fato de locomover-me através de quatro rodas que deixarei de ser “EU”, nada e nem fator nenhum me fará desistir dos meus objetivos, dos meus ideais, da minha certeza de que SOU alguém e tenho direitos e deveres a serem executados.
Ser diferente não é depender ou não de um aparelho, todos nós somos diferentes em vários aspectos, seja religioso, social, esportivo, opção sexual. Seja VOCÊ, faça VOCÊ, a mudança que quer para o mundo. Para os denominados “donos” e “mandatários” dos Decretos, Leis e Normas, se conscientizem e pensem se fosse eu nessa situação, o que faria para melhorar? O que faria para modificar? Ai que vem a pergunta o “Que vem a ser diferente”? A resposta está cada de nós, lá no fundo do seu ser, FAÇA, CRIE e EXECUTE.
Nailde Silva – (42 anos, cadeirante, mãe, cidadã)