Artigo da deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP)
O material traz 50 páginas com informações de procedimentos técnicos e legais para o desenvolvimento de programas de inclusão dentro das empresas, abordando etapas importantes, como a sensibilização no ambiente de trabalho, a importância do mapeamento de cargos e funções, além de soluções de tecnologia assistiva, acessibilidade, treinamento e capacitação.
Com o objetivo de servir como um guia de bolso para profissionais que atuam na área de Recursos Humanos, a cartilha foi criada com o intuito de quebrar preconceitos e fortalecer os princípios da inclusão, como o respeito à diversidade humana e a promoção da acessibilidade nos ambientes.
Além de cumprir o percentual de cotas, o empresariado deve trabalhar as diferentes necessidades de cada indivíduo dentro do ambiente de trabalho, oferecendo acessos e ferramentas para que qualquer funcionário desenvolva com autonomia suas funções.
Hoje, infelizmente, mais de 40% das empresas não cumprem as cotas para funcionários com deficiência. Segundo o Ministério do Trabalho a média de execução da lei é 21%. Em dez vagas que o país deveria destinar a pessoas com deficiência, apenas duas são preenchidas.
O trabalho é sem dúvidas uma das principais ferramentas de integração social de qualquer ser humano. Além de garantir poder de consumo, dignidade e bem-estar, é o que nos permite almejar metas. Sonhar. Paralisada do pescoço para baixo desde os meus 26 anos, sempre fui ativa – antes e pós-tetraplegia. A realidade é que deficiência alguma subtrai a inquietação de alma e nossa vontade de produzir.
Esse desejo reside em qualquer pessoa com deficiência. Cabe as empresas permitir que as pessoas aflorem suas capacidades e contribuam com seu talento.