Nas tribunas, nos governos estaduais e municipais, na mídia, nas ruas, o PSDB alertou que o povo estava cansado de ver o “mal feito” sem punição; de ver o PT defender os mensaleiros condenados pelo mensalão; de assistir o descaso do governo Dilma com a má qualidade dos serviços públicos prestados, especialmente na áreas da saúde, educação, transportes e segurança; de sentir na pele a alta de preços nas quitandas e supermercados.
O resultado todos nós vimos. Milhões de brasileiros, de todas as “tribos”, de todas as regiões, de todos os credos reuniram-se nas ruas para dizer um “basta” ao que está posto, especialmente no governo petista de Dilma Rousseff.
É claro que as manifestações atingem, em menor grau, a todos os governo estaduais e municipais, mas é significativo que a concentração de repúdio concentra-se na figura da atual ocupante do Palácio do Planalto à medida que a maioria dos serviços públicos dependem, diretamente, da distribuição dos recursos federais, aliás má distribuição.
A população também viu que, quando quer, esse governo petista se torna capaz de alcançar o chamado “Padrão Fifa” em que tudo funciona com relativa eficiência e qualidade de serviço – talvez movidos por interesses outros, como pro exemplo a partilha das obras realizadas nos estádios, na ordem de R$ 7 bilhões, sendo que o de Brasília chegou a casa dos R$ 1,8 bilhão.
O raciocínio é simples e a sabedoria popular “pegou no ar”: Se há dinheiro e eficiência para construir estádios porque não há para a construção de hospitais e escolas, para a compra de armas para os policiais, para a melhoria dos serviços de ônibus e metrôs?
A brutal rejeição ao nome da atual presidente da República, sua queda de popularidade são a mais completa tradução da voz rouca das ruas brasileiras. E que ainda não tiveram respostas à altura do movimento.
O Congresso Nacional, mais sintonizado com os clamores da rua, já deu claras respostas com a aprovação de medidas como o fim da PEC 37, a criação do Passe Livre, a distribuição de royalties para saúde e educação, com o votos dos parlamentares tucanos.
Tentar calar as ruas com medidas paliativas, como a convocação de uma Constituinte e, agora de um plebiscito, é menosprezar a capacidade e a inteligência do povo brasileiro de ver que a verdadeira intenção presidencial, é a de criar uma cortina de fumaça para esconder sua ineficiência em lidar com os problemas nacionais e incapacidade gerencial de resolvê-las.
O PSDB, no Parlamento, nas tribunas, continuará cumprindo seu inalienável direito de exercer o papel de oposição que lhe foi conferido pelo povo brasileiro. E barrará no Congresso Nacional a intenção de se aprovar uma reforma política que atenda aos interesses do PT e seus aliados para se perpetuar no Poder, como bem percebeu e denunciou o nosso presidente do partido, senador Aécio Neves.
As ruas já chegaram, antes de 2014, e o povo brasileiro está dando a sua resposta a quem patrocinou mensaleiros, que perdeu o controle da economia e que usa e abusa da propaganda para mostrar um país que só existe nas telas.
O Brasil verdadeiro está nas ruas.
*Segunda vice-presidente do PSDB Mulher